
Há cerca de duas semanas, o vereador de São Luís, Domingos Rodrigues Silva Paz, de 49 anos, conhecido politicamente como Domingos Paz (Podemos), vem sendo bombardeado de acusações graves de suposto crime de assédio sexual, denúncias amplamente divulgadas na mídia local.
Depois dos episódios, o parlamentar chegou a quebrar o silêncio e, por meio de entrevistas a emissoras de rádio e TV, rebateu todas as acusações, classificadas por ele como levianas e infundadas.
O Jornal Itaqui-Bacanga (JIB), durante todos esses dias se manteve neutro, acompanhando os fatos e buscando as autoridades legais e documentos para poder levar a notícia imparcial e verídica à sociedade.
Após buscas e fontes seguras, o JIB traz com exclusividade trechos dos depoimentos das supostas vítimas e testemunhas, que se contradizem. Os depoimentos sugerem que o vereador Domingos Paz possa ter sido vítima de uma armação por parte de adversários políticos que atuam na área Itaqui-Bacanga. Vários deles já apareceram publicamente envolvidos nesse caso.
Um dos últimos fatos que chama a atenção nessa celeuma é a presença, como testemunha, de um homem identificado como Caio Fonseca Araújo. Ele já foi preso por envolvimento em assalto a banco, bem como tem uma ficha criminal por associação criminosa, roubo armado e porte ilegal de arma de fogo (na 2ª Vara Criminal de Santa Maria, no Distrito Federal). Em seu depoimento na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente – DPCA, Caio diz que viu conversas no celular da senhora identificada como Olga Regina, mas não soube explicar o conteúdo da conversa.
Segundo uma das fontes do JIB, Caio teria retornado à DPCA para retirar o depoimento, no qual, segundo ele, teria confidenciado a pessoas próximas que foi pago para prestar informações falsas à polícia. No momento em que ele esteve na sede da delegacia, a delegada que conduz o caso não se encontrava presente.
A reportagem também apurou que no depoimento da ex-conselheira tutelar Gleiciane Alves Salazar, que faz as acusações contra o vereador, ela registrou o caso como injúria, previsto no Código Penal Brasileiro (CPB), no Art.140, e não como crime de assédio sexual, como foi equivocadamente disseminado na mídia.
Em determinado trecho do depoimento à polícia, Salazar afirma ter se sentido ofendida ‘‘pelo fato de ter entendido que Domingos Paz não atendera a demanda da sua comunidade pelo fato de ela não ter encaminhado a fotografia para ele’’, diz o trecho do documento, onde está frisado que “a declarante deduziu’’.
Nas conversas do log do WhatsApp juntado por Gleiciane Salazar e apresentado à polícia, o vereador Domingos Paz solicita que a ex-conselheira tutelar vá à Câmara Municipal de São Luís. Posteriormente, ela pediu para ele apreciar um pedido.
Em outro trecho da conversa, o parlamentar volta a ser contatado pela acusadora e ela menciona, sem contexto algum: ‘‘No caso, de uma coisa o companheiro só iria responder se eu tivesse enviado aquela foto pelada, né, que você pediu, né? Domingos Paz nega e completa a resposta informando que estava no interior.

O JIB apurou que Gleiciane Salazar já trabalhou com o advogado, pseudo líder comunitário da área Itaqui-Bacanga, Ivan Júnior, quando este dirigiu a Associação Comunitária Itaqui-Bacanga (ACIB). Segundo o site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), neste ano Ivan Júnior se candidatou a deputado federal pelo partido União Brasil e, mesmo recebendo a vultosa quantia de mais de meio milhão de reais em doações, saiu com uma votação baixa, demonstrando que sua passagem pela ACIB não foi bem avaliada pela população. Além disso, Júnior tem externado que sua pretensão é a eleição municipal de 2024, quando disputará uma vaga para a Câmara de Vereadores.
A ex-conselheira tutelar que figura como uma das principais peças de acusação contra Domingos Paz também teria ligação com os advogados Raniele Brandão, Gilmara Costa e Jurandir Teixeira. Todos, assim como os acusadores, exceto Caio Araújo, já demonstraram publicamente que têm interesse em disputar a Câmara Municipal de São Luís, em 2024.
Todos esses juristas entraram com representação pedindo a cassação do mandato do parlamentar na Câmara de Vereadores.
As contradições entre os depoimentos das supostas vítimas não param. À polícia, Olga Regina Sousa Santos registrou o Boletim de Ocorrência, às 18h04 do dia 12 de dezembro, alegando que a filha de 14 anos sofreu assédio sexual, e, logo depois, às 18h48, Gleiciane Salazar foi à delegacia e prestou queixa.
Olga Regina salientou que foi à delegacia após saber do caso da ex-conselheira tutelar, que ainda não havia comunicado o fato à polícia, o que reforça a contradição da mãe da menor.
Para a Polícia Civil, Olga Regina, que afirma ter mantido conversa via celular da filha, disse em depoimento que o celular onde estavam as conversas foi roubado. Para tentar embasar as acusações, ela apresentou Caio Araújo afirmando que este viu as supostas conversas.
A falta de elementos comprobatórios leva à forte suspeita de que essas pessoas que militam politicamente na região se juntaram contra o vereador Domingos Paz na intenção de jogar a população contra ele e, quem sabe, lhe tomarem o mandato usando esses fatos até agora narrados.
Fontes do Jornal Itaqui-Bacanga também apuraram que o vereador e sua família vêm sofrendo represálias desde que sua esposa assumiu a direção geral do Hospital Aquiles Lisboa. A esposa do parlamentar identificada como ‘Drª Josélia’, sofreu ameaças, inclusive em grupo de WhatsApp de autoria de um ex-coordenador administrativo da unidade conhecido como Vilomar. Ele teria ficado revoltado e publicado uma foto de uma pistola como se quisesse intimidar com essa ameaça a esposa do vereador Domingos Paz.
Diante do episódio lamentável, segundo o informante do jornal, Vilomar que é ex-agente penitenciário, e portanto teria facilidade para transitar e ter acesso entre os criminosos foi exonerado do cargo.
Desde então, todas as ações do parlamentar têm sofrido uma espécie de sabotagem e perseguição implacável por parte de pretensos candidatos a vereador que miram 2024, a fim de desestabilizar sua atuação na região Itaqui-Bacanga e jogar o parlamentar contra a população.
O vereador Domingos Paz, ao longo da sua trajetória como homem público e pai de família, nunca se envolveu em qualquer escândalo. Não possui ficha criminal na polícia e sempre foi muito querido pela população ludovicense como uma pessoa de família, evangélico da Assembleia de Deus em São Luís, e que prega os princípios de valores da família e temência a Deus.
Com todas essas evidências apontadas até aqui, caso se confirme a montagem de fato dessa organização, demonstra a capacidade cruel destes indivíduos de atropelar tudo e todos para chegar ao poder. E mais, a frieza de se aliar a um assaltante de banco com extensa ficha criminal para tentar incriminar um vereador para tirá-lo do mandato.