Polícia Federal realiza operação e cumpre 13 mandados judiciais no Maranhão e Pará
Aproximadamente 42 policiais federais cumpriram 13 mandados judiciais, sendo 04 de prisão preventiva e 09 de busca e apreensão nos municípios de Codó e Marabá (PA).

Na manhã desta quarta-feira, a Delegacia de Polícia Federal em Caxias, com a colaboração da coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista (CGINT) do Ministério do Trabalho e Previdência, deflagrou a Operação Êxodo com o objetivo de desarticular organização criminosa dirigida à prática de crimes contra o INSS. Aproximadamente 42 policiais federais cumpriram 13 mandados judiciais, sendo 04 de prisão preventiva e 09 de busca e apreensão nos municípios de Codó e Marabá (PA).
Iniciada no ano de 2020, a investigação levou à identificação de um esquema criminoso integrado por dois servidores do INSS, um advogado especializado em causas previdenciárias e um intermediário/agenciador.
Mediante a confecção de documentos ideologicamente falsos, esses dados eram inseridos nos sistemas da autarquia previdenciária, objetivando a concessão, principalmente, de benefícios das espécies aposentadoria por idade e pensão por morte, para pessoas que não detinham a qualidade de segurado
especial (trabalhador rural).
Dentre os Mandados Judiciais consta, ainda, a previsão de arresto de bens e de veículos em nome dos investigados.
Com relação aos dois servidores da autarquia previdenciária, além dos mandados de prisão preventiva, também foi determinada a suspensão do exercício das funções públicas. O prejuízo inicialmente identificado com a concessão dos benefícios, aproximadamente de R$ 2,4 milhões. A economia proporcionada com a futura suspensão dos benefícios, considerando-se a expectativa de sobrevida projetada pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), gira em torno de R$ 18 milhões.
O nome da Operação (Êxodo) é uma alusão ao deslocamento de um grupo de pessoas de sua terra natal para uma outra localidade. No decorrer da investigação verificou-se que muitos requerentes, embora residentes no Estado do Pará, requereram seus benefícios no Estado do Maranhão, diante das
facilidades proporcionadas pelos indiciados para o deferimento de benefícios fraudulentos.