Operação apura clonagem de 3,3 mil veículos do Exército em 11 estados e prejuízo de R$ 500 milhões
PF e PRF cumprem 82 mandados de busca e apreensão no Maranhão e outros 10 estados.

A Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), começaram a cumprir, na manhã desta quinta-feira (24), 82 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão, em uma operação que apura a clonagem de 3,3 mil veículos do Exército.
A ação ocorre, simultaneamente, em 11 estados:
- São Paulo
- Minas Gerais
- Tocantins
- Pará
- Mato Grosso do Sul
- Goiás
- Paraíba
- Ceará
- Paraná
- Pernambuco
- Maranhão
Dos seis mandados expedidos, cinco foram cumpridos pela PF. Um dos suspeitos, Guilherme Augusto Rufino, está foragido. Segundo as investigações, os criminosos clonavam de chassis de veículos do Exército com objetivo de obter documentos legítimos e legalizar veículos roubados.
Ao todo, a Operação Fiat Lux identificou cerca de 10 mil adulterações no sistema veicular brasileiro. O prejuízo causado soma mais de R$ 500 milhões. Nesta quinta, ais de 400 policiais federais e rodoviários cumprem os mandados. Equipes do Exército também prestam apoio à operação.
Segundo os investigadores, as clonagens dos chassis do Exército só foram possíveis porque contaram com a participação de servidores do Detran e de despachantes. A investigação não aponta a participação de integrantes do Exército nas fraudes.
A pedido da PF, a Justiça afastou das funções 95 servidores do Detran. Desse total, 85 atuam no Detran-SP; 7 no Detran-TO; e 3 no Detran-MG. Cerca de 20 despachantes também foram afastados das funções no estado de São Paulo.
Fraudes
O inquérito policial, instaurado no fim de 2020, teve origem após a detecção da clonagem de veículos do Exército. Segundo a polícia, os criminosos também criavam veículos fictícios no Sistema Federal da Secretaria Nacional de Trânsito, permitindo a realização de financiamentos e a participação em consórcios. Esses automóveis eram dados como garantia em operações financeiras.