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Maranhão tem a menor proporção de pessoas morando sozinhas no país, aponta IBGE

Apesar do crescimento expressivo no número de brasileiros que vivem sozinhos, o Maranhão segue na contramão dessa tendência e registra a menor proporção de domicílios unipessoais do Brasil. É o que revela a edição especial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o levantamento, em 2024, 13,5% dos lares maranhenses eram ocupados por apenas uma pessoa, índice abaixo da média nacional, que chegou a 18,6%. O estudo considera os 77,3 milhões de domicílios registrados no país naquele ano, dos quais 14,4 milhões eram unipessoais.

O crescimento desse tipo de arranjo domiciliar tem sido expressivo: em 2012, o Brasil contava com 61,2 milhões de lares, sendo 7,5 milhões habitados por apenas uma pessoa, o equivalente a 12,2% do total.

Segundo o analista do IBGE William Kratochwill, esse aumento está diretamente ligado ao envelhecimento da população. A proporção de pessoas com 65 anos ou mais passou de 7,7% em 2012 para 11,2% em 2024. “Muitos idosos acabam vivendo sozinhos após a viuvez ou quando os filhos formam suas próprias famílias”, explica Kratochwill.

A migração por motivos profissionais, principalmente em grandes cidades, é outro fator que contribui para o crescimento dos lares unipessoais.

Estados com mais e menos lares unipessoais

Em quatro estados, mais de 20% dos domicílios são habitados por apenas uma pessoa:

Rio de Janeiro – 22,6%

Rio Grande do Sul – 20,9%

Goiás – 20,2%

Minas Gerais – 20,1%

Na outra ponta, o Maranhão aparece com o menor índice, seguido por estados da Região Norte:

Maranhão – 13,5%

Amapá – 13,6%

Amazonas – 14,1%

Pará – 14,6%

Roraima – 14,7%

Quem são os brasileiros que vivem sozinhos

Dos 14,4 milhões de brasileiros que moravam sozinhos em 2024, 55,1% eram homens e 44,9% mulheres. A maioria dos homens está na faixa etária de 30 a 59 anos (57,2%), o que pode estar relacionado a separações conjugais. Em muitos casos, os filhos permanecem com a mãe após o fim do casamento.

Entre as mulheres que vivem sozinhas, prevalecem aquelas com mais de 60 anos (55,5%), geralmente viúvas.

Transformações na estrutura familiar

A pesquisa também aponta uma mudança no perfil das famílias brasileiras. Os domicílios nucleares (casais com ou sem filhos, ou pais/mães solo) passaram de 68,4% em 2012 para 65,7% em 2024.

Os arranjos estendidos (que incluem outros parentes) caíram de 17,9% para 14,5%, enquanto os arranjos compostos (com pessoas sem parentesco) passaram de 1,6% para 1,2%.

População brasileira em 2024

O levantamento mostra ainda que o Brasil alcançou a marca de 211,9 milhões de habitantes em 2024. As mulheres representavam 51,2% da população, enquanto havia 95,2 homens para cada 100 mulheres.

No recorte racial, os pardos passaram a ser o maior grupo, com 46,1%, superando os brancos (42,1%). Os pretos correspondiam a 10,7%.

A Região Sudeste seguia como a mais populosa, concentrando 42% dos brasileiros. São Paulo, sozinho, reunia quase 46 milhões de habitantes, o que equivale a 22% da população nacional.

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