
Após feriado prolongado, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia tem duas sessões até a leitura do relatório final das investigações. A apresentação do parecer, elaborado pelo relator Renan Calheiros (MDB-AL), está marcada para 3ª feira (19.out) e a votação do texto para a 4ª feira (20.out).
Diante da desistência de ouvir o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, pela terceira vez, a comissão deve marcar uma sessão extraordinária para esta 6ª feira (15.out) para analisar o requerimento de convocação de Carlos Carvalho.
O médico coordenou o estudo sobre o uso do “kit covid” pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia no Sistema Único de Saúde (SUS), vinculada ao Ministério da Saúde. O relatório seria analisado pelo órgão, mas foi retirado de pauta.
A oitiva de Carvalho deverá ocorrer na 2ª feira (18.out), no lugar do depoimento de Queiroga. “Na segunda, nós iremos ouvir o doutor Carlos Carvalho, que foi convidado pelo ministro Marcelo Queiroga para que fizesse uma composição de profissionais de saúde para criar um protocolo para a covid. Não só para tratar sobre cloroquina, outros medciamentos”, disse o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), à reportagem.
Na avaliação dos senadores, o depoimento de Carvalho contribuirá mais para as investigações que o do ministro da Saúde, a fim de encerrar a investigação em torno da defesa de prescrição de remédios sem eficácia comprovada para a covid-19, como a cloroquina e a ivermectina.
Ainda na 2ª feira, a CPI também decidiu ouvir entidades que representam familiares de vítimas do coronavírus – último ato da comissão antes do fim dos trabalhos. A cerimônia de encerramento foi cancelada após a mãe do ator Paulo Gustavo, que morreu da doença, não aceitar o convite para comparecer à solenidade.
O relatório de Calheiros deverá indicar o indiciamento de ao menos 40 pessoas. O texto precisa ser aprovado pela maioria dos membros do colegiado para ser encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá sobre o indiciamento.
Fonte| SBT News