O vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), apresentou, nesta 2ª feira (28.jun) uma notícia-crime contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por prevaricação no Supremo Tribunal Federal (STF). Para o senador, Bolsonaro teve conhecimento acerca das denúncias de irregularidades na aquisição da Covaxin, vacina indiana. No entanto, não tomou providências.
Além disso, segundo o deputado Luis Miranda (DEM-DF), e o irmão, o servidor Luis Ricardo Miranda, ele teria citado envolvimento do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). Em um vídeo publicado nas redes sociais, Randolfe reforçou que Bolsonaro sabia do esquema de corrupção e não instaurou um inquérito para apurar supostas ilegalidades.
Inicialmente, o líder da oposição iria protocolar a notícia-crime na Procuradoria-Geral da República (PGR). Mas, de acordo com o parlamentar, devido ao alinhamento entre o procurador-geral da República, Augusto Aras, e Bolsonaro, optou por acionar a Suprema Corte.
A ação é assinada por Randolfe e pelos senadores Fabiano Contarato (Rede-RS) e Jorge Kajuru (Podemos-GO), apesar de a cúpula da CPI ter dito na semana passada que comunicaria o Supremo sobre o suposto crime de Bolsonaro.
Para decidir o encaminhamento, senadores do G7, grupo formado por oposição e independentes ao Palácio do Planalto, se reunirão nesta noite para definirem os próximos passos da ofensiva contra o governo.
