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Tempos difíceis

Artigo escrito por José Reinaldo Tavares

Minhas amigas e meus amigos, a sensação é a de que nunca passamos por um momento tão difícil como esse. São mais de 460 mil mortos por Covid-19, milhões de pessoas infectadas, pessoas que se recuperam, mas ficam com sequelas da infecção e nunca mais serão as mesmas. Tudo isso acontecendo com muita rapidez, principalmente porque o Brasil não achou importante vacinar as pessoas. Nem se pode imaginar por que isso aconteceu, já que a Ciência diz que a única maneira de conter esse vírus é com a vacinação em massa da população. Não existem remédios para infecção viral. Só vacina que não quisemos comprar na hora certa e hoje é muito mais difícil comprar e por isso estamos tão atrasados.

Eu, em um artigo que escrevi ainda no ano passado, alertei que os mais vulneráveis não eram os idosos porque aqueles idosos que têm boas condições financeiras podiam ficar em casa, resguardados de contatos, em quarentena ou morando em casas grandes, com poucas pessoas. Já os mais pobres, que são a grande maioria infelizmente, moram em casas apertadas, com muita gente junto e todos precisavam sair para trabalhar ou vender alguma coisa em seus pequenos negócios. E como, então, poderiam fazer quarentena e se resguardarem? Não iriam poder fazer isso.

O Congresso aumentou o Auxílio Emergencial para 600 reais que o governo propôs de 200 reais, em Medida Provisória, podendo chegar até a1200 reais, em casos especiais. E isso deu um alento a essas famílias e ajudou no combate ao vírus. Mas foi por apenas seis meses. E como não havia vacina, passado esses seis meses foi tudo cortado e hoje, muito tempo depois, o Auxílio veio muito menor. Como o cadastro e tudo mais é feito por internet, que o pobre nem sempre tem, alguns dos mais necessitados ficaram de fora, especialmente as mulheres chefes de família e sem maiores instruções.

A consequência disso é que muitos idosos que recebiam aposentadorias e outros benefícios do governo, conseguidos com muito dificuldade no passado, foram infectados e não estão mais entre nós. E os seus dependentes ficaram privados, de uma hora para outra, do sustento da família, pois esse benefício era o principal sustento da casa.

Hoje vemos nos jornais que 19 milhões de brasileiros passam fome no Brasil. Como podemos suportar tal sofrimento?

O Governo do Estado, atento a essa realidade, faz de tudo para ajudar. É o alimento na mesa, auxílios para comprar o gás, restaurantes populares, compra de produtos da Agricultura Familiar, além de se esforçar muito para conseguir comprar vacinas, mas sempre encontra um obstáculo burocrático dos órgãos federais que deviam estar facilitando isso.

Eu fui governador e sei o que é isso. Por isso, em nome dessas pessoas tão necessitadas quero dar meus parabéns ao governador Flávio Dino e ao vice-governador Carlos Brandão pela luta constante para apoiar essas famílias tão necessitadas.

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