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Polícia

SHPP detalha feminicídio em que vítima levou 40 facadas no Maranhão

Suspeito entrou no local para furtar R$ 1.400,00 da vítima

Por volta das 17h00 de segunda-feira (10), uma jovem identificada apenas como Caroline Ranizia Santos Diniz, de 24 anos, foi brutalmente assassinada dentro de um apartamento, no condomínio Recanto Verde II, localizado na MA-201, em São José de Ribamar, região metropolitana de São Luís.

Carlos César é apontado como principal suspeito do assassinato de Caroline Diniz (foto divulgação)

De acordo com a Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), da Polícia Civil do Maranhão, o principal suspeito do crime é um homem que foi preso em flagrante na madrugada de terça-feira (11), figurando como vizinho da vítima. O suspeito identificado como Carlos César arrombou o apartamento e foi surpreendido pela vítima que estava no local sozinha. Houve luta corporal, até que o acusado desferiu cerca de 40 facadas contra Carol.

”Fizemos buscas em diversos apartamentos na região, até chegar ao nome do suspeito. Aí, por volta de 01h30 da manhã, quando já estávamos conduzindo ele pra cá [sede da SHPP], e ainda analisando o sistema de vídeo monitoramento percebemos que ele foi até a lixeira do apartamento do bloco jogou um saco, fizemos uma pesquisa no lixo e encontramos uma camisa que ele utilizava no momento do crime. Uma camisa toda ensanguentada. E diante dessa nova prova ele não negou o fato e confessou todo o crime, que teria assassinado a jovem para  subtrair a quantia de R$ 1.400,00”, detalhou o Delegado Armando Pacheco da SHPP.

Segundo as investigações, o suspeito morava no apartamento de frente ao da vítima e imaginava que não havia ninguém no recinto. Carlos César entrou em contradição em depoimento à polícia sendo constatado que ele estava desempregado e isso seria a principal motivação. O Instituto de Criminalística (ICRIM) realizou perícia no local e também no Instituto Médico Legal (IML) que confirmaram mais de 40 perfurações de arma branca (faca) em Carol.

”Ele era vizinho de frente dela, de apartamento. Ele entrou em contradição diversas vezes, estava desempregado e vários fatos foram nos chamando a atenção e apontando para ele como um dos principais suspeitos e isso se confirmou em seu interrogatório que ele teria praticado o fato por que estava desempregado e o objetivo era subtração do valor. Nós constatamos na análise periscópica que ele deu mais de quarenta facadas na vítima”, revelou.

A Polícia também apurou que Caroline morava junto com a irmã, que no momento do crime estava na faculdade. Elas são oriundas do interior do estado e vieram para estudar na capital maranhense. O suspeito sabia da rotina das vítimas e planejou o crime, mas foi surpreendido pela vítima. ”Elas são do interior do estado, eram universitárias, tinham abaixo de 25 anos, duas irmãs, uma tinha ido para faculdade e a outra ficou só em casa. Ele sabendo dessa rotina das vítimas aproveitou o momento para praticar o crime. Ele disse que a intenção era só praticar o furto achando que não tinha ninguém em casa, ele arrombou o imóvel e lá em determinado momento foi surpreendido pela vítima travaram luta corporal foi quando ele resolveu pegar uma faca na cozinha da vítima  e praticou o latrocínio”, falou o delegado.

A SHPP também investiga a participação de um segundo suspeito que aparece adentrando no condomínio e que depois se dirigiu até o recinto do crime. Imagens de câmera de segurança estão sendo analisadas. ”Nós investigamos a participação de uma segunda pessoa, já que as imagens mostram que um segundo suspeito adentra o condomínio  e logo, logo nós vamos está divulgando essas imagens, se confirmar essa suspeita para que a gente possa identificar esse provável segundo suspeito”, frisou.

Sobre a possibilidade de abuso sexual contra a vítima, a polícia solicitou ao IML o exame de conjunção carnal. ”O corpo foi para o IML e nós requisitamos a análise de conjunção carnal”, disse. Durante toda a atuação da polícia, Carlos César acompanhou os trabalhos dos peritos e ainda consolou a mãe da vítima. Após confirmar a suspeita sobre ele, os moradores do local queriam agredir o acusado e também a companheira dele que vivia no local.

”Ele acompanhou toda a investigação, inclusive nós o interrogamos por diversas vezes por que a todo momento  que surgiam um indício, apontava para ele. Nós encontramos material biológico, sangue em apartamentos que ficam em outros blocos que seriam dele, chamamos a perícia  por três vezes, por isso a diligência durou de 17h00 até por volta de 01h50 da manhã, quando o enfim o capturamos e trouxemos para a sede da SHPP, onde foi lavrado o flagrante”, finalizou.

O investigado não tinha nenhuma restrição na polícia segundo levantamento policial. Nenhuma passagem pela polícia, nunca foi autor de nenhum crime, nem suspeito, nem investigado.

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