
A suposta investigação, promovida com base em um laudo considerado “fajuto” e sem validade jurídica, foi desmascarada após o Ministério Público emitir parecer favorável ao arquivamento, destacando a fragilidade e inconsistência das provas apresentadas pela Polícia Civil. Com isso, o processo foi contaminado desde a origem.
Nos bastidores, ficou evidente que a movimentação teve como principal articuladora a deputada estadual Mical Damasceno, conhecida por um discurso público de defesa de princípios cristãos, mas que, na prática, tem se notabilizado por ações que destoam completamente desse discurso. A tentativa de destruir reputações por meio de investigações manipuladas é um exemplo claro da contradição entre o que prega e o que faz.
Mical, que construiu sua carreira em cima de bandeiras religiosas e conservadoras, age politicamente com métodos que beiram o jogo sujo: fabrica acusações, distorce fatos e tenta instrumentalizar órgãos públicos para atacar adversários e promover seus aliados. Sua atuação revela um padrão recorrente de oportunismo, em que valores morais são usados apenas como fachada para avançar interesses pessoais e políticos.
Além disso, a deputada tem sido acusada de aparelhamento político, com indicações de aliados para cargos estratégicos no governo estadual, prática que contradiz sua retórica anticorrupção e moralista.
Na decisão, apenas um desembargador divergiu parcialmente, questionando a competência do TJ para julgar o caso, mas sem se opor ao mérito da anulação das provas.
Com o arquivamento definitivo, a Justiça não apenas inocenta Felipe Camarão, mas expõe o uso indevido da máquina pública para fins eleitoreiros e pessoais. O caso serve como alerta para o eleitor maranhense: nem todo discurso de fé e moralidade vem acompanhado de ética e verdade.