3º dia de ‘lockdown’ na Ilha: periferias registram alta movimentação e áreas nobres ficam vazias

O terceiro dia de ‘lockdown’ (bloq9ueio total) dos serviços não essenciais na Grande Ilha de São Luís, teve intensa movimentação e aglomeração em bairros da periferia e ruas praticamente vazias em áreas nobres da capital. Muitas pessoas estão burlando as barreiras e transitando livremente pela cidade.
No bairro João Paulo, que concentra parte do comércio popular de São Luís, muitas pessoas descumpriram a regra de confinamento obrigatório e foram às ruas nesta quinta-feira (7). Estabelecimentos que são considerados não essenciais abriram as portas e nenhuma fiscalização esteve no local.
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A área Itaqui-Bacanga, uma das regiões mais populares da capital, também registrou intensa movimentação no terceiro dia do ‘lockdown’. Mesmo com a presença dos Bombeiros, muitas pessoas aguardavam aglomeradas na fila para realizar saques do auxílio emergencial do governo federal na agência da Caixa Econômica. A região possui mais de 125 casos da Covid-19, segundo a Secretaria de Saúde do Maranhão (SES).
Nas paradas de ônibus e feiras livres, as aglomerações também constantes e o distanciamento social está longe de ser cumprido. Nas avenidas, o fluxo de veículos foi alto e muita movimentação foi registrada em ruas as região.
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Contrastes do ‘lockdown’
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A movimentação de pessoas e veículos foi praticamente pequena no bairro Renascença, na área nobre de São Luís, durante o terceiro dia de ‘lockdown’. A região é conhecida por concentrar escolas, universidades, escritórios e ser um importante centro financeiro de compras. Em dias normais, o fluxo de pessoas é intenso na região.
As paradas de ônibus ficaram praticamente vazias e poucas pessoas foram as ruas. Na região, existem duas barreiras de fiscalização com policiais militares e agentes de trânsito. A adoção do isolamento obrigatório tem sido intenso na região que possui, em média, mais de 200 casos do novo coronavírus, de acordo com a SES.
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‘Não estamos na Europa’, diz governador
Em entrevista à TV Mirante nesta quinta-feira (7), o governador Flávio Dino (PCdoB) minimizou as aglomerações e disse que há uma referência romântica do ‘lockdown’ europeu. Dino avaliou como positiva a atuação do confinamento obrigatório e afirmou que a medida é um ‘gigantesco sucesso’.
“O principal caminho é o da consciência cidadã. Repito que não vamos trancar todas as pessoas dentro das suas casas com cadeados. Isso não existe. Então o que estamos fazendo é mostrando como o distanciamento social é uma necessidade. As prefeituras estão intensificando, junto a cada bairro, a cada feira, mas, lembrando, não haverá o encarceramento das pessoas. Vão continuar existindo pessoas na porta de suas casas. Não haverá o desaparecimento forçado de milhões de pessoas. Há uma referência meio que romântica do lockdown europeu. Nós não estamos na Europa. As pessoas tem dificuldade de trabalho, de moradia, então nós temos que ter senso de proporcionalidade. Saber o que é possível fazer.”, disse.
G1 MA