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Polícia

‘Dono’ de metralhadora usada em ataque ao CV na Liberdade morre em confronto

Membro do Bonde dos 40, Gilson Silva, de 33 anos, morreu em confronto com a
Polícia Militar, na noite dessa terça-feira (19), no bairro Liberdade, em São Luís,
durante patrulhamento de equipes do Batalhão Tiradentes. Ele era “torre” da facção
naquela região, sendo que era o “dono” da metralhadora apreendida no dia 3 de abril
deste ano na Rua da Palma, Centro Histórico. A arma foi utilizada em um ataque ao
Comando Vermelho (CV).

Gilson era líder do Bonde na Liberdade e tombou em confronto com a PM

Segundo o Batalhão Tiradentes, a guarnição percorria a Liberdade, depois que recebeu
informações privilegiadas sobre a localização de Gilson, que já tinha atirado na
direção de policiais há alguns anos, mas não houve feridos. Nessa incursão de terça-
feira, os policiais foram recebidos a tiros pelos faccionados. No confronto, o “torre”
foi alvejado e encaminhado ao Hospital Municipal Djalma Marques (Socorrão 1), onde
não resistiu. Em desfavor dele, havia um mandado de prisão em aberto.

Um revólver, contendo munições intactas e deflagradas, foi apreendido pelo Batalhão
Tiradentes. Além de drogas e um rádio HT, conforme o Batalhão Tiradentes.

Apreensão da metralhadora

Uma fonte do antigo Grupo de Serviço Avançado (GSA) do 9º Batalhão de Polícia
Militar (BPM) disse ao Jornal Itaqui-Bacanga que a metralhadora calibre 9mm
apreendida no primeiro semestre deste ano, no Centro Histórico de São Luís, era de
Gilson. Ele levou a arma para o local porque sabia que os policiais do “velado”

estavam reunindo informações para montar o “quebra-cabeças” acerca da localização
do armamento.

A arma foi utilizada pelo Bonde dos 40 em um ataque ao Comando Vermelho em
março deste ano. A “ofensiva” ocorreu no bairro da Liberdade, mas o armamento foi
encontrado na Rua da Palma, onde quatro pessoas foram presas, incluindo uma
estudante de Direito. De acordo com declarações da fonte do então GSA, desde o
tiroteio promovido pelo Bonde contra integrantes da facção rival, o “velado” do 9º
BPM fez levantamentos, a fim de apreender a arma de fogo, cujos tiros poderiam ter
ferido alguém naquele ataque violento, em pleno meio-dia, quando crianças
retornavam e seguiam às escolas.

Sendo assim, os militares souberam que o armamento estaria sendo guardado em um
bar, localizado na Rua da Palma, em frente ao Convento das Mercês, sendo que o
estabelecimento comercial era apenas fachada para um ponto de venda de drogas. As
equipes, então, seguiram ao local, encontrando, de imediato, Adones Ferreira Gomes,
de 52 anos – proprietária do “bar” e que já tinha sido presa pelo 9º BPM em 2016 por
tráfico de entorpecentes -, e José de Ribamar Alves de Sousa, 49. Em averiguação no
imóvel, foram apreendidas uma balança de precisão e uma quantidade de drogas,
embalada e em porção avulsa.

Quando os militares do GSA ainda estavam lá, chegou Hoyane Gomes de Carvalho,
27, filha de Adones e estudante do 3º período do curso de Direito de uma instituição
privada. Em seguida, disse a fonte do Grupo Avançado, apareceu outra filha de
Adones, de nome Andrea Carla Gomes Soares, 35. No quarto de Hoyane, os policiais
encontraram mais drogas e a metralhadora, que estava enrolada em um pano branco,
dentro de um saco plástico grande e transparente, em cima do guarda-roupa.

Com o armamento, havia um carregador e seis munições intactas de 9mm. Durante a
inspeção, as equipes apreenderam, ainda, uma pistola de pressão, calibre 4.5mm.

Conforme o policial do então GSA, Hoyane assumiu a responsabilidade pelo material
apreendido, afirmando que recebeu a metralhadora há quinze dias, para deixá-la
escondido em sua residência, onde o bar funcionava como fachada. Sobre o
armamento, ela confessou que é oriundo do bairro da Liberdade, onde houve o ataque
e cujo alvo era Valdirene Pereira, a “Val”, integrante do Comando Vermelho e que
atua como “frente” naquela região e bairros adjacentes, como Camboa e Fé em Deus,
tendo alcançado a posição após a morte de seu marido, Daniel Almeida dos Santos, o
“Danielzinho”, em dezembro de 2016.

Cabe ressaltar que esta apreensão da metralhadora, com prisões dos quatro suspeitos,
contou com a participação da Equipe Charlie do 9º BPM e Equipe Bravo do Batalhão
de Polícia Militar de Turismo (BPTur). Os quatro foram apresentados na
Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic).

O confronto entre facções: em pleno meio-dia do dia 20 de março deste ano,
membros do Bonde dos 40, portando armas de fogo, invadiram a Liberdade, para
retomar a área perdida no ano passado para o Comando Vermelho. Um dos alvos dos
criminosos era justamente a “Val”, segundo informações dos militares do então GSA.
Nessa invasão, os integrantes do CV reagiram também com disparos de arma de fogo,
iniciando um tiroteio intenso, levando os moradores a se esconderem em suas casas.
Quem estava na rua, entrou em comércios ou saiu correndo, para escapar de balas
perdidas.

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