Decreto obriga padres e bispos denunciarem casos de abuso sexuais
Religiosos que suspeitarem de casos de abuso e não denunciarem serão responsabilizados

Nesta quinta-feira (9) o Papa Francisco emitiu um decreto que obriga padres e bispos a denunciares às autoridades eclesiásticas suspeitas de casos de abusos sexuais.
O documento também traz diretrizes de como as dioceses devem lidar com as suspeitas de abuso, porém não apresenta orientação de que esses casos serão reportados às autoridades civis.
Com o nome de “Vos estis lux mundi” (Vós sois a luz do mundo), o decreto papal é divulgado em meio a novas denúncias de crimes sexuais cometidos por religiosos católicos. As denúncias vão desde pedofilia, até abuso sexual contra freiras.
O Papa Francisco tem feito enfrentamento contra os casos de abuso sexual cometidos por religiosos e o decreto mostra que ele quer condenar o praticantes do ato. Tanto que o texto diz que irá responsabilizar também os religiosos que acobertarem os casos.
A igreja também deverá oferecer assistência espiritual, médica, terapêutica e psicológica às vítimas.
O que diz o decreto do papa
- Religiosos podem ser responsabilizados por acobertar casos de abuso
- Dioceses têm um ano para criar sistemas simples e acessíveis de notificação de denúncias
- Denúncia pode ser enviada para arcebispo metropolitano ou diretamente para a Santa Sé, dependendo do caso
- Dioceses devem incentivar igrejas a envolver especialistas de fora da Igreja nas investigações
- Vítimas devem receber assistência espiritual e Igreja deve fornecer assistência médica, terapêutica e psicológica
- Investigações devem garantir a confidencialidade dos envolvidos e durar até 90 dias.