
Quem anda pelo Centro Histórico de São Luís, fica intrigado e ao mesmo tempo encantado com alguns dos monumentos situados em suas ruas estreitas, que dão a impressão de labirintos. Um deles é a famosíssima Fonte do Ribeirão. Apesar de não ser preservada com o devido cuidado, a fonte centenária ainda desperta muita curiosidade, devido às lendas e contos em torno dela.
O monumento em espaço grande é um exemplar valioso da arquitetura da época colonial. Foi construída em 1796 pelo governador Dom Fernando Antônio de Noronha. Recoberto de pedras de cantaria e cercado por dois paredões, a Fonte é ornamentada com um frontão decorado com símbolos religiosos que estão apoiados em duas pilastras laterais.
Cinco carrancas de pedra com biqueiras de bronze jorram água corrente das nascentes localizadas dentro da estrutura.

Em séculos anteriores, eram canais de ligação entre as igrejas construídas pelos jesuítas na cidade. Há, inclusive, uma lenda que conta que dentro da fonte existe uma serpente que destruirá São Luís no dia em que a cabeça encontrar a cauda.
A Fonte do Ribeirão está situada entre as ruas dos Afogados e das Barrocas.
Desde 1950 é tombada pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Esse monumento é um dos grandes pontos que atraem turistas, que ficam encantados com o local que carrega muitas histórias.

Ponto de vista da repórter Daniella: A Fonte do Ribeirão foi construída em 1796 e lá embaixo a gente se vê pensando em como foi tudo construído… Há 200 anos o local servia como abastecimento de água potável de São Luís, tanto que até hoje existem as canaletas com água cristalina. Atualmente a fonte é ponto turístico e um dos mais belos cartões postais da capital maranhense.
Na parte de cima está a estátua de Netuno, erguida no centro. No meio estão 3 janelas que dão acesso às galerias subterrâneas da fonte, e embaixo são encontradas cinco carrancas que jorram água cristalina.
O acesso às galerias subterrâneas, hoje, é proibido!!! Para entrar, só com a autorização do IPHAN.
Do lado de dentro são encontradas as galerias. Um caminho onde a umidade é altíssima.
A galeria principal (hoje) é interligada a cinco outras galerias e todas terminam em fontes, e as fontes são bloqueadas por paredes. Segundo os moradores mais antigos de São Luís, as galerias não eram bloqueadas e chegavam às igrejas e a outras fontes. Atualmente o túnel principal só possui 70 metros.
A lenda diz que essas galerias subterrâneas eram usadas por padres para se deslocar para outras igrejas (o túnel chegaria às igrejas: da Sé, do Desterro e do Carmo). Dizem que também eram traficados escravos e mercadorias pelos túneis, e ainda existe a lenda mais interessante: A lenda da serpente. A serpente gigantesca estaria dormindo nas galerias e quando acordasse afundaria a ilha.
De história em história, de lenda em lenda, a Fonte do Ribeirão resiste ao tempo e se mantém de pé.
(Fotos de Daniella Bandeira)
Texto com informações de o Imparcial e Daniella Bandeira)