Profissionais de saúde discutem ações estratégicas para o controle da tuberculose em seminário

Para orientar os coordenadores e profissionais de saúde sobre as ações de vigilância, diagnóstico e tratamento da tuberculose, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) iniciou, nesta terça (12), em São Luís, o “Seminário sobre as Novas Recomendações do Programa de Controle da Tuberculose”. Participam do evento representantes das Unidades Regionais de Saúde (URSs) de Rosário, Itapecuru, Santa Inês e da Região Metropolitana de São Luís.
A coordenadora do Programa Estadual de Controle da Tuberculose da SES, Rosany Carvalho, destacou que o objetivo do seminário é promover estratégias de controle da doença. “Atualmente, nós notificamos no Maranhão mais de 2.500 casos por ano. Porém, ainda temos uma detecção abaixo do esperado, que é de 50%”, disse.
“É necessário intensificar as estratégias para realizar uma melhor busca ativa das pessoas sintomáticas, identificando aquelas que apresentam todos os indícios para que se faça o diagnóstico da tuberculose, consequentemente o tratamento também”, acrescentou Rosany. A programação prossegue nesta quarta-feira (13).
O Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) registrou, 2.759 casos notificados de tuberculose no Maranhão, em 2018. Do total de casos, 1.821 são pacientes do sexo masculino e 938 do sexo feminino.
No mesmo período, os dez municípios com maior número de casos de tuberculose diagnosticados foram: São Luís (1.296), Imperatriz (84), Caxias (75), Santa Inês (70), Timon (69), Barra do Corda (66), Bacabal (49), São José de Ribamar (45), Coroatá (41) e Codó (33).
“Os profissionais de saúde das unidades regionais estão se empenhando para alcançar suas metas, identificar os doentes e oferecer tratamento”, completou Rosany Carvalho.
O Laboratório Central de Saúde Pública do Maranhão (Lacen-MA) é responsável pela análise do material coletado (escarro) nas unidades de saúde, além do teste de sensibilidade.
“Para a realização do exame, nós utilizamos a análise do material coletado do paciente (escarro). Este é conhecido como Baciloscopia, realizado nas unidades básicas de saúde dos municípios, caracterizado por ser simples, rápido, de baixo custo e seguro para elucidação diagnóstica da tuberculose, uma vez que permite a confirmação da presença do bacilo”, disse a encarregada da Patologia Clínica do Lacen, Lécia Cosme.
“O outro método é o Teste Rápido Molecular, que é mais sensível e realizado somente em duas unidades de saúde do estado, o Centro de Saúde de Fátima e o Hospital Presidente Vargas”, explicou Lécia Cosme.
Segundo o enfermeiro Roque Costa, responsável pelo Programa de Tuberculose na Unidade Mista do Bequimão, o seminário é uma oportunidade para avaliar e implementar ações. “Para nós que trabalhamos na ponta, é de grande relevância, pois a intenção é que multipliquemos com os outros profissionais os conhecimentos aqui adquiridos”, destacou.
Para Ezequiel Rocha, profissional de saúde de Santa Luzia, município da Regional de Santa Inês, é necessário buscar estratégias para garantir o amplo diagnóstico e tratamento da tuberculose.
“Pelo fato de a nossa localidade ser muito grande e os moradores residirem longe do centro da cidade, às vezes fica difícil a unidade ir até eles fazer o exame de escarro. Esse treinamento nos ajuda a identificar como proceder e a olhar com mais sensibilidade para os pacientes que apresentarem os sintomas da doença”, disse.
Tuberculose
A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível que afeta, prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e/ou sistemas. A doença é causada pelo Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch.
A tuberculose tem cura. O tratamento da doença, que dura, no mínimo, seis meses, é gratuito e disponibilizado no Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com a nova classificação da Organização Mundial de Saúde (OMS) 2016-2020, o Brasil ocupa a 20ª posição na lista dos países prioritários para tuberculose.
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