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Polícia

Justiça prorroga prisão temporária de militar suspeito de triplo homicídio

Foi prorrogada a prisão temporária, por mais 30 dias, do policial militar Hamilton
Caires Linhares, da Companhia de Operações Especiais (COE), por suspeita de triplo
homicídio ocorrido na comunidade Mato Grosso, região do bairro da Santa Bárbara,
zona rural de São Luís. Os corpos de Gustavo Feitosa Monroe, 18; Joanderson da Silva
Diniz, 17, e Gildean Castro Silva, 14, foram achados no dia 4 de janeiro deste ano.

Os três garotos foram covardemente mortos sem nenhuma chance de defesa

Segundo informado pelo delegado George Marques, da Delegacia de Homicídios da
Capital (DHC), um setor da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa
(SHPP), posteriormente, a equipe pode pedir, junto à Justiça, a prisão preventiva do
soldado Hamilton. De acordo com ele, essa investigação do triplo assassinato está
sendo feita por uma comissão, que foi formada para que o crime seja elucidado, com
os envolvidos presos, o quanto antes.

O delegado Dilson Pires, um dos responsáveis pela investigação, disse que mais de 20
de pessoas já foram ouvidas no inquérito policial, incluindo familiares das vítimas,
moradores do local, vigilantes que trabalham ali e agentes públicos, como o agente
penitenciário Cláudio Márcio Guimarães, que teria visitado o PM no “Manelão”, que
fica no Comando Geral da Polícia Militar do Maranhão, em São Luís. Supostamente,
ele teria envolvimento na morte dos meninos, mas isso está sendo apurado pela SHPP.

O agente penitenciário teria participado do crime junto com Hamilton

Os familiares, por outro lado, estão aflitos, como Gilza Castro, mãe de Gildean Castro,
que desabafou dizendo que, mesmo que o filho não tenha sido espancado pelo policial,
deve ter sido torturado psicologicamente devido à situação humilhante à qual foi
submetido antes de ser executado. O avô do rapaz, Newton Castro, frisou que, para

oferecer apoio à sua filha, deixou de trabalhar, sendo que destacou que, com a morte
do neto, “foi embora uma família inteira”.

A prisão do militar

O soldado Hamilton foi preso no dia 7 de janeiro, quando chegava à COE para mais
um dia de trabalho, sendo que foi acompanhado de um advogado até a SHPP, que fez a
representação ao Poder Judiciário. Ele, na data do crime, estava trabalhando como
segurança no local onde os jovens foram assassinados. No entanto, o militar continua
negando que tenha matado os garotos.

Segundo a investigação da SHPP, Hamilton e outros vigilantes perseguiram os garotos
dentro de um residencial do “Minha Casa, Minha Vida”, na comunidade Mato Grosso.
Em um matagal próximo, as vítimas foram cercadas pelos suspeitos, que os
executaram com disparos de arma de fogo, perto de um canteiro de obras. Devido ao
caso, o policial foi interrogado à comissão que investiga o triplo homicídio e depois foi
encaminhado ao “Manelão”.

Convém relembrar que moradores da região do Mato Grosso ainda fizeram uma
manifestação na data da prisão do militar contra a continuação da construção de
imóveis do “Minha Casa, Minha Vida” naquela localidade. O grupo ateou fogo em
galhos de árvores, sendo que impediram que os ônibus, que levavam funcionários da
empreiteira Lua Nova, de chegarem ao destino, que é o Residencial Mato Grosso 3.

Durante o protesto, alguns ônibus foram incendiados e o referido residencial foi
depredado por alguns populares.

O crime

Os corpos dos três garotos foram encontrados no dia 4 de janeiro, perto do Residencial
Mato Grosso 3. Eles estavam desaparecidos desde o dia anterior. Na nuca das vítimas,
havia perfurações que seriam de pistola .40. A arma do militar preso ainda está sendo
submetida a exame de comparação balística pela Perícia Criminal, para que se
descubra se a arma dele foi a utilizada para executar os rapazes.

Dilson Menezes relatou que, como os peritos criminais concluíram, dois, dentre os
rapazes, estavam deitados no chão, com as mãos entrelaçadas. E outro, provavelmente,
estava de joelhos, quando recebeu o tiro na nuca. Os familiares, assim que os corpos
foram encontrados, disseram à polícia que os garotos saíram de casa para catar
caranguejo. Mas, supostamente, o triplo homicídio teria sido cometido por conta de
constantes furtos na área do Residencial Mato Grosso 3.

Porém, já ficou comprovado que as vítimas não tinham envolvimento com delitos e
suas condutas eram ilibadas.

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