Laudo e inquérito policial sobre acidente na BR-402 devem ficar prontos em até 30 dias

O laudo do Instituto de Criminalística (Icrim), que vai apontar as
circunstâncias do acidente ocorrido na BR-402, na tarde de quinta-feira
(31), e o inquérito policial devem ficar prontos nos próximos 30 dias. A
informação é do delegado de Rosário, Márcio de Morais, que afirmou a
ocorrência ter acontecido por voltas das 14h de quinta, na altura do
povoado Arrudinha, entre Morros e Humberto de Campos, envolvendo uma
van e um caminhão. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o
acidente aconteceu no Km 54, e a van trafegava no sentido decrescente
(sentido Barreirinhas/Rosário).
Ainda de acordo com a PRF, dez pessoas que estavam na van ficaram
feridas, além do motorista do caminhão, e desse total só seis estão em
estado grave. O inspetor da Polícia Rodoviária Federal Antônio Noberto
informou que o motorista do caminhão está gravemente ferido e seria o
único que corre o risco de morrer. “Duas pessoas tiveram apenas arranhões,
ferimentos bem leves, e foram contabilizadas pelos agentes da PRF ainda
no local, e que não necessariamente deram entrada em uma unidade de
saúde. Contabilizamos onze pessoas no total, em estado grave ou apenas
com pequenas lesões”, frisou o inspetor. Entre as vítimas graves, uma
criança de quatro anos e a mãe dela.
Já a Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou que na quinta-feira
deram entrada nove pessoas no Hospital Regional de Morros. Ainda na
tarde de quinta-feira, as seis vítimas em estado grave, após receberem os
primeiros cuidados, foram trazidas para o Hospital Municipal Clementino
Moura (Socorrão 2), em São Luís. Por volta das 22h30 de quinta-feira, os
outros três pacientes envolvidos no acidente, e que também estavam no
Hospital Regional de Morros, apesar de estarem clinicamente estáveis, a
pedido de familiares, teriam sido transferidos para o Hospital Djalma
Marques (Socorrão 1), também localizado na capital maranhense.
IDENTIFICAÇÃO DOS MORTOS
Quanto aos cinco mortos, a PRF os identificou como Maria Bárbara Lopes
Guimarães e Nilton Cardoso de Sousa Filho, casal de idosos que morava
em Brasília e estava de férias em São Luís; Tarciane Leite Diniz, de 60
anos; e os filhos dela, Tatiane Leite Diniz, 40; e Carlos Alberto Diniz
Filho, 31; que, segundo a PRF, dirigia a van. Eles moravam no bairro da
Cidade Operária, em São Luís, e saíram na madrugada de quinta-feira para
um passeio em Morros. Na volta, a van com 15 ocupantes, segundo a PRF,
fez uma ultrapassagem indevida e bateu de frente com o caminhão.
O Delegado Márcio de Morais disse que chovia muito no local do acidente,
confirmou que a colisão foi frontal, mas que ainda era cedo para afirmar se
houve intercurso de faixa contrária.
Sobre as primeiras providências tomadas, o delegado Márcio de Morais
disse que foi ele quem acionou o Instituto Médico Legal (IML) de São
Luís, e o Instituto de Criminalística, além dos bombeiros que retiraram os
corpos das ferragens. O resgate teria tido apoio da Unidade de Pronto
Atendimento (UPA) de Morros, que fez os primeiros atendimentos aos
feridos. Até o fim da manhã de ontem, os corpos permaneciam no IML,
localizado dentro da Cidade Universitária, da Universidade Federal do
Maranhão (Ufma), no Itaqui-Bacanga.
O delegado disse que o inquérito instaurado e deve ficar pronto em 30 dias,
com o resultado da perícia, contribuirá para elucidar o ocorrido. “Um dos
motoristas sobreviveu, logo, vamos apurar se houve culpa de ambos os
motoristas”, informou o delegado.
Sobre as circunstâncias do acidente, Antônio Noberto afirmou os indícios
de embriaguez nos ocupantes da van, inclusive o condutor, que morreu.
Ainda de acordo com a PRF, o acidente aconteceu no Km 54, da BR-402, a
van trafegava no sentido decrescente (sentido Barreirinhas/Rosário) e o
motorista tentou uma ultrapassagem e bateu de frente com um caminhão
frigorífico, que trafegava no sentido contrário.
De acordo com a PRF, policiais, socorristas e populares que participaram
do resgate dos corpos e atendimento as vítimas da van quase todos
informaram forte odor etílico nos ocupantes do veículo de passageiros.
Todos os ocupantes eram familiares, inclusive alguns que vieram de
Brasília, onde residiam; quatro ocupantes eram crianças.