Outro ponto destacado é que a nova geração de imunizantes, além de prevenir contra casos graves e mortes – os atuais já têm uma boa eficácia –, precisa oferecer uma proteção maior contra a infecção, “diminuindo assim a transmissão comunitária e a necessidade de medidas sociais e de saúde pública rigorosas e de amplo alcance”.
As atualizações das vacinas disponíveis hoje ainda devem, segundo a OMS, provocar respostas imunes “amplas, fortes e duradouras”, a fim de reduzir a necessidade de sucessivas doses de reforço.
As sugestões do grupo de especialistas que assessora a Organização Mundial da Saúde envolvem desde uma vacina multivalente que contenha antígenos de diferentes coronavírus até uma vacina chamada de “pan-Sars-CoV-2”. Esta poderia ser, de acordo com o comunicado, “uma opção de longo prazo mais sustentável que seria efetivamente à prova de variantes”.
A declaração da OMS ocorre um dia após o diretor-executivo da Pfizer, Albert Bourla, anunciar que a companhia terá disponível em março uma vacina adaptada contra a variante Ômicron.
A Moderna, outra empresa estadunidense de vacinas contra a Covid-19, também prevê uma atualização do imunizante a partir do segundo trimestre.
Atualmente, todos os imunizantes existentes têm como base a cepa original do vírus, identificada em Wuhan (China) no fim de 2019. Todavia, ela praticamente já não circula mais.
O surgimento rápido de novas variantes – algo natural quando há um grande número de pessoas infectadas – foi fazendo com que as vacinas perdessem eficácia.
Ainda assim, todos os produtos aprovados pela OMS (incluindo os usados no Brasil) oferecem uma proteção significativa contra casos graves e mortes.
- SAÚDE | Do R7