A possibilidade de um asteroide se aproximar da Terra e gerar uma grande destruição foi usada em um treinamento realizado na semana passada durante a Conferência de Defesa Planetária, convocada pela Academia Internacional de Astronáutica em Washington, nos EUA.
“Essa é uma ameaça que pode acontecer, ainda que seja muito pouco provável”, disse Paul Chodas, diretor do Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra, da Nasa, (CNEOS, na sigla em inglês), à rede americana NPR. Foi Chodas o responsável pelo exercício.
Os pesquisadores simularam como reagiriam diante de um cenário fictício criado pela Nasa, onde um grande asteroide se aproxima rapidamente da Terra podendo gerar uma energia equivalente a 53 bombas de Hiroshima (a bomba atômica lançada contra o Império do Japão tinha 15 quilotoneladas).
Os astrônomos tiveram que calcular com precisão as características do asteroide e, a partir daí, propor medidas práticas. Desviar a trajetória usando uma nave espacial ou usar explosão nuclear são algumas das possibilidades apresentadas.
Segundo a Nasa, diariamente caem sobre a Terra cerca de 100 toneladas de material interplanetário, uma queda de asteroide, porém, pode acontecer uma vez em “vários milhares de anos”, com asteroides de mais de 1 km que podem se chocar com a Terra.