Dois adolescentes foram brutalmente executados por integrantes de uma facção criminosa em Timon, município localizado na divisa entre Maranhão e Piauí. As vítimas, identificadas como Welisson Ferreira, de 15 anos, e Victor Bruno Muniz da Silva, de 16, estavam desaparecidas havia 11 dias, até serem encontradas mortas em uma área de mata no último dia 31 de outubro.
De acordo com as investigações da Polícia Civil do Maranhão, os jovens foram assassinados por morarem em uma região controlada por um grupo criminoso rival. Ambos estavam encapuzados e com marcas de tiros, o que reforça a suspeita de que tenham sido submetidos a um “tribunal do crime”, prática usada por facções para punir ou eliminar pessoas consideradas inimigas.
Segundo familiares, Welisson e Victor eram amigos de infância e haviam saído de casa no dia 20 de outubro para visitar as namoradas, quando desapareceram. Desde então, parentes e amigos mobilizaram buscas e campanhas nas redes sociais pedindo informações sobre o paradeiro dos adolescentes.
Durante as diligências, a Polícia Civil localizou uma casa usada como cativeiro pelos criminosos, onde as vítimas teriam sido mantidas em cárcere antes da execução. Mais de dez pessoas foram conduzidas à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Timon, incluindo as namoradas dos adolescentes, que foram apreendidas e encaminhadas a um centro de internação.
Até o momento, três suspeitos foram detidos, e as autoridades seguem investigando a participação de outros envolvidos. O caso é apurado como homicídio qualificado e associação criminosa, e a Polícia Civil mantém as buscas pelos demais autores da execução.
O assassinato dos dois adolescentes gerou comoção e revolta na cidade, reacendendo o alerta sobre o avanço da violência de facções e a vulnerabilidade de jovens em áreas dominadas pelo crime organizado no interior do Maranhão.

