A gestão do governador oligarca Carlos Brandão afunda cada vez mais em um escândalo que mistura poder, parentesco e suspeitas de corrupção milionária. Denúncias apontam que a empreiteira Vigas Engenharia, supostamente ligada a familiares diretos do governador, recebeu mais de R$ 130 milhões em contratos públicos nos últimos dois anos, uma cifra estarrecedora para um estado marcado pela pobreza e pela precariedade dos serviços públicos.
No centro do caso, estão o irmão do governador, Marcus Brandão, e o sobrinho Daniel Itapary Brandão, atual presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MA). Ambos são citados em documentos e apurações como participantes de uma teia de interesses que contamina o governo e levanta suspeitas de desvio de verbas da Educação, dinheiro que deveria ser destinado à valorização de professores e à melhoria do ensino público.
Segundo informações apuradas, o Tribunal de Contas da União (TCU) investiga o uso de recursos do Fundef, fundo destinado exclusivamente à Educação, em obras de asfaltamento na cidade de Colinas, terra natal do governador. Coincidentemente, Colinas é também o reduto político e econômico da família Brandão, que possui extensas propriedades rurais, empresas e influência política.
A denúncia ganhou força após o Ministério Público de Contas, por meio do subprocurador Lucas Furtado, apontar indícios claros de desvio de finalidade na aplicação das verbas. Segundo Furtado, há “sinais de uma gestão aparelhada para atender interesses familiares”, e ele pediu punição exemplar aos envolvidos. O caso tramita no gabinete do ministro Augusto Nardes, do TCU, que ainda não apresentou parecer sobre o processo.
Os indícios são graves. Documentos mostram que Marcus Brandão teria utilizado e-mails corporativos da empresa Vigas Engenharia para acessar processos administrativos de interesse da própria empreiteira. Já o sobrinho do governador, Daniel Brandão, aparece em documentos cartoriais como representante da Vigas, o que agrava ainda mais o conflito ético e moral, considerando que ele ocupa o cargo máximo do órgão que deveria fiscalizar o uso do dinheiro público no Maranhão.
A Vigas Engenharia, segundo as denúncias, é de fato controlada por pessoas ligadas à família Brandão, e foi agraciada com contratos milionários justamente durante o governo do oligarca. Em apenas dois anos, recebeu mais de R$ 130 milhões do próprio Estado, um caso emblemático de nepotismo cruzado com desvio de finalidade.
Enquanto isso, o governo tenta minimizar a gravidade da situação, negando irregularidades e tentando justificar o injustificável. Mas o que se vê, segundo os próprios órgãos de controle, é a formação de uma rede familiar dentro da estrutura do Estado, operando de forma coordenada para manter o poder e favorecer o clã Brandão, que já age como se o Maranhão fosse uma extensão de seus negócios privados.
A tentativa desesperada do governador oligarca de perpetuar a influência familiar, inclusive preparando o sobrinho Orleans Brandão (filho de Marcus Brandão )para ser candidato ao governo, revela o projeto autoritário e dinástico que ameaça transformar o estado em uma verdadeira monarquia.
O caso investigado pelo TCU é gravíssimo e expõe o desvio moral e ético que corrói as bases do governo Brandão. O Maranhão, mais uma vez, assiste estarrecido à velha política das famílias poderosas, que tratam o dinheiro público como herança de família, um verdadeiro lamaçal de corrupção e arrogância que envergonha e castiga o povo maranhense.
Vídeo::