A administração municipal de São João Batista, comandada pelo prefeito Emerson Lívio Soares, conhecido como Mecinho (Republicanos), enfrenta novas e graves denúncias de corrupção e desvio de recursos públicos. Documentos revelam a existência de uma folha de pagamento com funcionários fantasmas, que estariam recebendo salários sem comparecer ao trabalho.
O Jornal Itaqui-Bacanga teve acesso a informações consideradas a ponta do iceberg de um suposto esquema criminoso dentro da Prefeitura, que, segundo fontes, contaria com a conivência de aliados políticos do gestor.
Entre os nomes que aparecem na lista estão Bruno Penha da Penha, nomeado como agente de portaria, com salário de R$ 1.404,15; Edson Diego Andrade Rocha, supervisor de articulação política, também com salário de R$ 1.404,15; Nauro Castro Rocha Figueiredo, supervisor de departamento da Secretaria de Saúde, com vencimentos de R$ 1.860,77; e Francidalva Cutrim Costa, também lotada na Saúde, com salário de R$ 1.660,77. Todos são apontados como funcionários fantasmas, nomeados oficialmente, mas sem exercer qualquer função.
A denúncia indica ainda que outros beneficiários estariam recebendo pagamentos indevidos, inclusive morando fora do município, o que reforça os indícios de um esquema estruturado para desviar recursos públicos e manter o seu grupo político.
O prefeito Mecinho é aliado político do deputado federal (forasteiro) Aluísio Mendes (Republicanos), parlamentar de origem mineira que atua no Maranhão e é apontado como um dos principais apoiadores e financiadores da gestão, por meio do partido Republicano. Fontes locais afirmam que a influência política do deputado teria garantido apoio durante a campanha municipal, marcada por denúncias de abuso de poder econômico e uso da máquina pública.
Mecinho é aliado e também mantém fortes vínculos com o governador Carlos Brandão (PSB), apontado como chefe da oligarquia que domina o Estado. A gestão de Brandão é marcada por obras de fachada e ações de “miguelagem” no município, usadas como vitrine política, mas que pouco contribuem para melhorar a vida da população.
Veja o vídeo da miguelagem:
Diante da gravidade das acusações, a Câmara Municipal de São João Batista, o Ministério Público do Maranhão e demais órgãos de controle são cobrados por uma resposta urgente à sociedade.
O caso reacende o debate sobre a impunidade e o uso político da estrutura administrativa em prefeituras do interior maranhense, expondo um cenário de má gestão, favorecimento e corrupção sistêmica.