O vice-governador do Maranhão, Felipe Camarão (PT), afirmou em entrevista que não aceitará qualquer tipo de acordo político que envolva a renúncia de seu cargo, deixando claro que não se curvará às pressões do governador coronel-oligarca Carlos Brandão, que tenta, a qualquer custo, manter o controle do Palácio dos Leões.
“Se o governador for leal ao projeto do presidente Lula, não pode pôr condição nenhuma. E, se essa for a condição, infelizmente não vai haver acordo”, disse Camarão.
A declaração de Camarão soa como um freio moral nas movimentações do governador, cuja conduta vem sendo duramente criticada até mesmo dentro do próprio grupo político. O coronel-oligarca Carlos Brandão, cego pelo poder e obcecado pela manutenção de sua influência, demonstra estar mais preocupado em proteger o cofre e os interesses de sua família do que em cuidar da população maranhense.
O presidente Lula e sua equipe política já deram sinais claros de que não compactuam com as manobras de Brandão, tampouco com o comportamento de uma oligarquia que se mostra fascinada pelo poder e distante das reais necessidades do povo do Maranhão.
O vice-governador Felipe Camarão tem se posicionado com firmeza, reforçando que não será moeda de troca em acordos que buscam apenas garantir a perpetuação de grupos no comando do Estado.
Entre aliados, a declaração é vista como “prego batido e ponta virada”. Caso Brandão insista em isolar Camarão, corre o risco de afundar ainda mais politicamente e de mergulhar o Maranhão em uma crise institucional.
O Maranhão, já fragilizado por políticas ineficientes e por uma gestão voltada para a autopreservação, segue afundando dia após dia sob a condução de um governador cego pelo poder e surdo às vozes do povo.
