A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (8) a terceira fase da Operação Nacional Proteção Integral, que tem como objetivo combater crimes cibernéticos relacionados ao abuso sexual infantil. A ação mobilizou forças policiais em todos os 26 estados e no Distrito Federal, resultando no cumprimento de 55 mandados de prisão e 182 ordens de busca e apreensão.
Durante as diligências, duas crianças foram resgatadas e outras três vítimas foram identificadas. Segundo o delegado Valdemar Larance Neto, coordenador do setor de Combate a Fraudes Cibernéticas da PF, as vítimas estão recebendo acolhimento especializado. “As crianças resgatadas serão levadas prontamente a um grupo de proteção”, afirmou o delegado, sem detalhar o contexto em que foram encontradas.
A operação contou com a participação de 617 policiais federais e 273 policiais civis. As equipes das Polícias Civis atuaram em 15 estados, entre eles Bahia, Ceará, Goiás, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul, além do Distrito Federal. A ação dá continuidade às fases 1 e 2 da Operação Proteção Integral, realizadas em março e maio deste ano, também voltadas ao enfrentamento da exploração sexual infantil na internet.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, destacou que a operação demonstra o fortalecimento da integração entre as forças de segurança do país e representa um avanço na implementação da chamada PEC da Segurança, que está em análise no Congresso Nacional. “Podemos reparar que todas as operações deflagradas nos últimos tempos foram realizadas com a cooperação das autoridades de segurança estaduais. Essa conjugação de esforços é fundamental para um país continental como o Brasil”, afirmou o ministro.
Lewandowski ressaltou ainda que a articulação entre as forças federais e estaduais tem se tornado uma prática constante em operações de combate ao crime organizado, à adulteração de produtos e à proteção de crianças e adolescentes. Para ele, a Operação Nacional Proteção Integral 3 é um exemplo concreto de que a cooperação entre os entes federativos é o caminho mais eficaz para combater crimes cibernéticos e garantir a segurança da população.