A informação foi revelada em reportagem publicada nesta terça-feira (23) pelo jornal O Estado de S. Paulo. O repasse do dinheiro, segundo o relatório, ocorreu em julho de 2024 e levanta suspeitas de ligação entre o esquema de descontos indevidos em benefícios do INSS e figuras públicas do Maranhão.
De acordo com o Estadão, o prefeito de Presidente Dutra, Raimundinho da Audiolar (MDB), confirmou a compra da moto aquática. “Pelo que conversei com ele, ele disse que foi um jet ski que ele repassou”, declarou o gestor, que também é sogro do secretário.
O caso ganhou novos desdobramentos com a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, que já apura o esquema. A proximidade de Sílvio Silva com o senador Weverton Rocha (PDT-MA), e a presença dele no gabinete do parlamentar, em fevereiro deste ano, aumentaram a pressão sobre o senador.
Além disso, o próprio “Careca do INSS” também esteve no gabinete de Weverton em outra ocasião, o que reforçou os pedidos de convocação de aliados do senador para prestar esclarecimentos à comissão.
Um dos requerimentos, protocolado pelo deputado Kim Kataguiri (União-SP), pede a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico de Sílvio Silva. “Diante das fundadas suspeitas apontadas na investigação da Polícia Federal e do risco de envolvimento de agentes públicos em transações financeiras escusas, é urgente a aprovação deste requerimento”, afirma o documento.
A CPMI também já investiga outros nomes ligados ao senador, como o empresário Gustavo Marques e o advogado Antônio Malva Neto, que já atuou no Ministério das Comunicações.
Até o momento, o senador Weverton Rocha ainda não se manifestou sobre o conteúdo do relatório da Polícia Federal nem sobre a compra do jet ski.