O levantamento faz parte do projeto IRIS (Indicadores Rodoviários Integrados de Segurança), que avaliou as 27 unidades da federação com base em sete pilares fundamentais estabelecidos pelo Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans). Os dados reforçam um cenário preocupante: o trânsito maranhense continua sendo um dos mais perigosos do país, tanto para motoristas quanto para pedestres.
Na ponta oposta do ranking, o Distrito Federal aparece como o estado mais seguro para dirigir, com nota 4,0, seguido por Rio Grande do Sul, Goiás, Paraná e Rio de Janeiro. Já o Maranhão, ao lado de Amapá e Roraima, figura na penúltima faixa, ficando à frente apenas do Pará e do Amazonas, que registrou a pior pontuação nacional (1,86).
Entre os sete pilares avaliados, o Maranhão teve desempenho crítico em áreas consideradas estratégicas. Em “Normatização e Fiscalização”, por exemplo, a nota foi de apenas 0,6 — um dos piores resultados do país — o que indica falhas graves na aplicação da legislação de trânsito e na estrutura tecnológica de fiscalização.
O pilar “Vias Seguras” também apresentou índice negativo: apenas 4,1 pontos, colocando o estado entre os últimos colocados. Já em “Indicadores de Mortalidade”, o resultado de 2,9 revela que os índices de mortes no trânsito seguem alarmantes e acima da média nacional.
Apesar do cenário majoritariamente negativo, o Maranhão apresentou desempenho positivo no quesito “Segurança Veicular”, com nota de 9,7 — um dos melhores do país. Isso se deve à presença de itens obrigatórios como freios ABS e airbags nos veículos, além da renovação parcial da frota, ainda que concentrada nos grandes centros.
O estudo serve como mais um alerta sobre a urgência de políticas públicas sérias, investimentos em infraestrutura e ações de educação no trânsito. A realidade das estradas, ruas e rodovias maranhenses reflete abandono, sinalização precária, ausência de fiscalização efetiva e falta de campanhas educativas. Enquanto isso, vidas continuam sendo perdidas todos os dias.