Faleceu na manhã deste domingo (21), aos 65 anos, o pastor José Alves Cavalcante, conhecido como Pastor Cavalcante. Ele presidia a Convenção de Ministros das Assembleias de Deus do Seta no Maranhão (COMADESMA) e também foi deputado estadual.
O líder religioso estava internado em estado delicado enquanto aguardava um transplante de fígado. O agravamento de seu quadro clínico, marcado por múltiplas complicações, resultou em seu falecimento.
Pastor Cavalcante enfrentava sérios problemas de saúde desde que foi diagnosticado com hepatite C, em 2005. Embora tenha conseguido eliminar a carga viral após anos de tratamento, os medicamentos utilizados acabaram comprometendo gravemente o fígado, que entrou em necrose e perdeu sua capacidade funcional.
Além disso, ele desenvolveu hipertensão e diabetes, o que acabou afetando também os rins e o sistema digestivo. Em meio a esse quadro já frágil, sofreu um AVC que agravou ainda mais seu estado geral e culminou em sua morte.
A notícia causou comoção entre fiéis, líderes religiosos e políticos, especialmente no sul do Maranhão, onde o pastor tinha forte presença. Sua partida deixa um profundo sentimento de luto na comunidade evangélica do estado.
Breve trajetória
José Alves Cavalcante nasceu em Coroatá, no dia 25 de abril de 1960. Pastor e empresário, conquistou uma vaga na Assembleia Legislativa do Maranhão em 2018, eleito com 29.366 votos pelo PROS (Partido Republicano da Ordem Social), e posteriormente filiou-se ao PTB (Partido Trabalhista Brasileiro).
Ao longo de sua carreira, foi uma figura de grande influência tanto no campo religioso quanto político, tendo consolidado seu nome como uma das principais lideranças evangélicas do Maranhão.
Investigado por suspeita de rachadinha
Apesar da projeção pública, o ex-deputado também foi alvo de investigações. Em abril de 2024, o Ministério Público do Maranhão, por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate às Organizações Criminosas), cumpriu mandados de busca e apreensão em imóveis ligados a Pastor Cavalcante nos municípios de Imperatriz, Açailândia e Governador Edison Lobão.
A ação fez parte da Operação Damnare Avaritia (do latim, “Ganância Maldita”), que apura a prática de rachadinha em seu antigo gabinete parlamentar. Os promotores investigam o desvio de parte dos salários de assessores nomeados durante seu mandato.