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Assassinato no ”Tech Officce” assombra Oligarquia Brandão, com novos indícios no crime e pagamento por silêncio

Marcus Brandão ao lado do irmão, governador Carlos Brandão

Um vídeo divulgado nas redes sociais abalou os bastidores do Palácio dos Leões e expôs, mais uma vez, os tentáculos da família Brandão no coração do poder maranhense. O material reforça a ligação direta de Marcus Brandão, irmão do governador Carlos Brandão e figura-chave na gestão estadual, com um esquema de pagamentos que teria como objetivo silenciar o assassino envolvido no caso conhecido como “crime do Tech Office”.

O escândalo, que há meses circula em sussurros nos bastidores políticos, agora ganha contornos cada vez mais graves. Marcus Brandão, por meio da empresa Disvali – Construtora e Locadora de Máquinas e Veículos do Vale do Itapecuru, da qual é sócio, teria feito um pagamento via PIX ao executor do crime, Gilbson César Soares Cutrim Júnior. A quantia de R$ 3.000 foi transferida em 12 de maio de 2022, às 16h35, conforme comprovado em extrato bancário.

Gilbson aparece nas imagens da cena do crime, local onde também estava presente Daniel Itapary Brandão, sobrinho do governador e apontado como pivô de cobranças de suposta propina em contratos com o governo estadual. As evidências indicam que o pagamento seria parte de um acordo para comprar o silêncio de Gilbson sobre o que realmente aconteceu naquele dia, e, principalmente, para manter Daniel fora do foco das investigações.

VEJA O VÍDEO::

Gilbson Júnior é considerado peça-chave dentro do esquema, com conhecimento profundo sobre os bastidores da família Brandão e suas articulações com contratos públicos, favorecimentos e desvios de recursos. Sua eliminação ou silêncio interessaria diretamente aos envolvidos e o vídeo sugere que esse silêncio teve preço.

Enquanto o caso é abafado no Maranhão, blogs, sites e emissoras de rádio e TV são mantidos sob controle com repasses vultuosos de verba pública da Assembleia Legislativa do Maranhão. Marcus Brandão, o operador político da família, financia uma rede de comunicação paralela, inclusive com “blogs piratas”, contratos publicitários inchados e liberações generosas de recursos via banners institucionais, tudo para esconder da população a sujeira que escorre do Palácio dos Leões.

Na Assembleia Legislativa, o silêncio também impera. “Nada chove” entre os deputados aliados ao governo, todos aparentemente confortáveis em manter as aparências enquanto o povo segue sem saber a verdade.

Mas o cerco está se fechando. Com investigações em andamento pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal, as denúncias ganham corpo e a blindagem da oligarquia Brandão começa a rachar. A população do Maranhão, por sua vez, aguarda que a justiça prevaleça e que os responsáveis por essa teia de corrupção, favorecimentos e, possivelmente, assassinato, sejam responsabilizados.

A história do Maranhão já foi marcada por outras oligarquias que pareciam inabaláveis, e todas, no fim, caíram. Se depender dos fatos que continuam vindo à tona, a família Brandão caminha a passos largos para o mesmo destino: o desgaste público, a perda de apoio e, possivelmente, a queda pela porta dos fundos.

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