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Caos em Porto Rico do Maranhão: gestão do prefeito Aldo Brown deixa população sem água há mais de 20 dias

Gestão do prefeito de Porto Rico deixa população sem água

A cidade de Porto Rico do Maranhão vive uma crise humanitária provocada pelo colapso no abastecimento de água. Moradores dos bairros Remanso e Retiro denunciam estar há mais de 20 dias sem uma gota de água nas torneiras, sem qualquer resposta efetiva da prefeitura. O problema escancara a falta de gestão e o descaso da administração municipal, comandada pelo prefeito Aldo Brown (PL).

Em meio a problemas já enfrentados nas áreas da saúde, educação e infraestrutura, a ausência total de água agrava o sofrimento da população. No bairro Retiro, a situação é ainda mais alarmante: cerca de 70% das famílias abrigam idosos, pessoas com deficiência, crianças e pacientes com problemas graves de saúde, como sequelas de AVC. Sem acesso à água, essas famílias estão privadas de condições mínimas de higiene, preparo de alimentos e cuidados básicos.

Segundo relatos dos moradores, o sistema de abastecimento foi interrompido devido à queima das bombas dos poços artesianos, sem que houvesse substituição ou manutenção, mesmo após inúmeras reclamações.

A revolta da população aumenta diante da existência de um contrato de R$ 620.220,36, firmado pela Prefeitura de Porto Rico do Maranhão com a empresa J. F. Estruturas Metálicas LTDA, para prestação de serviços de manutenção de poços artesianos no município. O contrato, de número 025/2023, foi assinado por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura e deveria cobrir, segundo informações, a manutenção de pelo menos sete poços da cidade.

O que causa estranheza é que a empresa contratada tem capital social de apenas R$ 200 mil e está registrada em um imóvel com aparência de abandono, o que levanta suspeitas de que se trate de uma empresa de fachada.

De acordo com denúncias da comunidade, a J. F. Estruturas Metálicas seria ligada a um homem conhecido como “Jota”, apontado como braço direito e compadre do prefeito Aldo Brown, além de ser politicamente próximo ao presidente da Câmara de Vereadores do município. As ligações entre os nomes citados e o contrato milionário reforçam suspeitas sobre um possível esquema de favorecimento e desvio de recursos públicos.

Enquanto contratos suspeitos são firmados e recursos públicos escoam sem transparência, a população segue sem água e sem assistência. O fornecimento de água, serviço essencial e básico, foi negligenciado por semanas, comprometendo a dignidade e a saúde dos moradores.

A situação exige respostas urgentes do prefeito e apuração rigorosa dos órgãos de controle, como o Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado. A população de Porto Rico do Maranhão não pode continuar refém da má gestão e do abandono institucional, e cobra justiça diante do que considera um claro retrato de incompetência administrativa e possível corrupção.

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