Atualmente, 78 empresas estão autorizadas a operar no país, representando 182 marcas de apostas registradas.
A divulgação dos dados, segundo o secretário da SPA, Regis Dudena, tem como objetivo dar maior transparência ao setor e reforçar o papel do Estado na regulação das apostas virtuais.
Perfil dos apostadores
O levantamento revela que 17,7 milhões de brasileiros realizaram apostas no período. O gasto médio por apostador ativo foi de R$ 983 no semestre, o equivalente a R$ 164 por mês.
Entre os jogadores, 71% são homens e 28,9% mulheres. A faixa etária predominante é de 31 a 40 anos (27,8%), seguida pelos grupos de 18 a 25 anos (22,4%) e 25 a 30 anos (22,2%). Apostadores com idades entre 41 e 50 anos representam 16,9% do total; entre 51 e 60 anos, 7,8%; e entre 61 e 70 anos, 2,1%.
Receita tributária e destino dos recursos
De janeiro a julho de 2025, a Receita Federal arrecadou R$ 4,73 bilhões em impostos sobre jogos, sendo R$ 2,1 bilhões vindos de loterias e R$ 2,6 bilhões de apostas esportivas. A alíquota atual de tributação é de 12% sobre a receita líquida (GGR), com previsão de aumento para 18% em novembro, caso o Congresso ratifique a medida provisória em tramitação.
O governo federal projeta arrecadar até R$ 10 bilhões com o setor até o fim do ano.
A destinação dos recursos segue a seguinte divisão:
36% para o Ministério do Esporte e comitês esportivos;
28% para o Turismo;
13,6% para a Segurança Pública;
10% para o Ministério da Educação;
10% para a seguridade social;
1% para a Saúde;
0,5% para entidades da sociedade civil;
0,5% para o Fundo da Polícia Federal (Funapol);
0,4% para a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial.
Fiscalização e combate ao mercado ilegal
O governo federal também reforçou a atuação contra apostas não regulamentadas. Entre outubro de 2024 e o primeiro semestre de 2025, a Anatel retirou do ar 15.463 páginas de apostas ilegais.
Além disso, 24 instituições financeiras relataram 277 operações suspeitas e encerraram 255 contas vinculadas a empresas irregulares. Outras 13 instituições de pagamento foram notificadas, com o fechamento de 45 contas envolvidas com apostas ilegais.
No combate à publicidade clandestina, uma parceria firmada com o Conselho Digital do Brasil que reúne plataformas como Google, Meta, TikTok, Kwai e Amazon resultou na remoção de 112 páginas de influenciadores e 146 publicações sobre apostas não autorizadas nas redes sociais.