A manhã de quinta-feira (14) foi marcada por cenas de terror e impunidade na Rua dos Tapajós, no bairro Porto Grande, região da Vila Maranhão, zona rural de São Luís, onde um ônibus da linha Porto Grande foi incendiado por criminosos encapuzados, em mais um episódio que escancara a fragilidade da segurança pública no Maranhão.
Segundo testemunhas, cinco homens armados e mascarados interceptaram o veículo, ordenaram que todos os passageiros e o motorista descessem e, em seguida, atearam fogo usando gasolina. Em poucos minutos, o coletivo estava completamente tomado pelas chamas. Imagens feitas por moradores mostram o incêndio de grandes proporções e a total ausência de policiamento na área. Por sorte, não houve feridos.
A cena, que mais parece um atentado, expõe a ousadia crescente das facções e a falta de presença efetiva do Estado. Mesmo com o deslocamento de equipes do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Instituto de Criminalística, a resposta foi tardia e insuficiente para impedir o ataque ou capturar os envolvidos.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP-MA) divulgou nota alegando que as forças foram acionadas pelo Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops) e que as investigações estão em andamento. No entanto, nenhum suspeito foi preso até o fechamento desta edição.
Esse episódio se soma a uma sequência de crimes que vêm ocorrendo em regiões periféricas da capital maranhense, locais onde o poder público parece ter perdido o controle ou, pior, abandonado completamente. A zona rural, especificamente, tem sido retratada como terra sem lei, onde o medo domina e o cidadão comum se vê refém da criminalidade.
A ausência de uma política de segurança articulada, com ações preventivas e inteligência policial ativa, tem permitido que grupos criminosos ajam com liberdade. Enquanto a população vive sob ameaça, o comando da segurança pública do Estado segue sem apresentar medidas concretas, nem demonstrar pulso firme diante da escalada da violência.
O incêndio do ônibus em plena via pública não é um caso isolado, mas um sintoma alarmante de um sistema falido. Até quando a população vai pagar com medo e, possivelmente, com vidas o preço da omissão?
(Com informações do Difusora News)
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