O prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), decidiu recuar do projeto de disputar o Governo do Maranhão em 2026 após descobrir que sua vice-prefeita, Esmênia Miranda (PSD), vinha se articulando politicamente com o governador oligarca Carlos Brandão e tramando nos bastidores para assumir o controle da gestão municipal.
Esmênia foi mantida como vice na chapa de Braide nas eleições de 2024 por diversos motivos, entre eles o suposto elo de confiança que transmitia. Porém, essa confiança foi quebrada ao ponto de fazer Braide rever sua estratégia política e abandonar os planos de candidatura ao Palácio dos Leões.
O estopim dessa decisão drástica foi a imagem em que Esmênia aparece sorridente ao lado do governador oligarca Carlos Brandão e do deputado federal Aluísio Mendes (Republicanos), ex-aliado de Braide. A foto, registrada durante um evento público, pode parecer institucional à primeira vista, mas nos bastidores foi interpretada como sinal claro de articulação política contrária ao prefeito.
Segundo fontes do JIB, Esmênia estaria preparando um verdadeiro “golpe” político contra Braide, em conluio com Brandão. Caso o prefeito decidisse disputar o governo em 2026, precisaria se desincompatibilizar do cargo até abril daquele ano, abrindo caminho para Esmênia assumir a prefeitura. Havia, em tese, um acordo informal entre ambos: Esmênia continuaria apenas como gestora de transição, mantendo Braide por trás das decisões até a eleição. No entanto, o plano real da vice-prefeita seria tomar posse, romper com Braide, e declarar apoio aberto ao governador oligarca e ao seu grupo político.
A traição interna seria um golpe direto na estrutura de poder de Eduardo Braide, fragilizando sua candidatura e minando sua força política no cenário estadual. Por isso, ao ser informado da movimentação, que já estaria em curso há algumas semanas, Braide optou por abandonar o projeto de 2026.
As mesmas fontes apontam que Carlos Brandão tem se utilizado do poder institucional do cargo de governador para cooptar aliados e lideranças políticas de seus adversários, numa tentativa de desmontar quaisquer ameaças eleitorais a seu grupo, típico movimento de uma estrutura oligárquica que atua para manter o controle do poder a qualquer custo.
Sem segurança interna e com a confiança abalada dentro da própria gestão, Eduardo Braide não será mais candidato ao governo do estado em 2026. A expectativa agora é que ele apoie um projeto político alternativo, fora do eixo de influência de Brandão e sua oligarquia.