Segundo a Marinha do Brasil, das 18 pessoas que estavam sobre a ponte no momento do colapso, 14 corpos foram localizados. Permanecem desaparecidos: Salmon Alves Santos, de 65 anos; o neto dele, Felipe Giuvannuci Ribeiro, de 10 anos; e Gessimar Ferreira da Costa, de 38 anos.
Salmon, Felipe e Alessandra do Socorro Ribeiro, esposa de Salmon e avó de Felipe, viajavam de Palmas (TO) para o Maranhão, onde passariam o Natal com familiares. O corpo de Alessandra foi o último a ser encontrado pelas equipes de resgate.
A irmã de Salmon, a professora Maristelia Alves Santos, lamenta a dor da espera e a dificuldade de encerrar o luto. “A gente precisa fechar esse ciclo que ainda está aberto. Vivemos uma angústia constante, sem saber onde procurar ou a quem recorrer. É muito difícil para a família”, afirmou.
A ponte foi totalmente demolida em 2 de fevereiro, mas os destroços ainda permanecem no fundo do rio, incluindo veículos de passeio, carretas e caminhonetes. Na ocasião do acidente, mais de 1,3 mil galões de ácido sulfúrico e defensivos agrícolas estavam sendo transportados, o que também levantou alertas ambientais.
Até o momento, os desaparecidos não foram oficialmente declarados mortos, o que impede que as famílias emitam atestados de óbito e encerrem os trâmites legais. “Não tivemos sequer a chance de fazer um velório para meu irmão. Até hoje ele consta como desaparecido. O que a gente quer agora é, pelo menos, a certidão de óbito. Porque temos esperança de enterrá-lo, infelizmente, não temos mais”, desabafa Maristelia.
As buscas oficiais foram encerradas, mas os familiares seguem cobrando providências e apoio para encontrar respostas ou, ao menos, um desfecho.