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Desemprego cai, mas informalidade atinge 38,7 milhões e continua a crescer

Rua Grande nos dias atuais (Reprodução)

Rua Grande Centro de São Luís (Reprodução)

A taxa de desemprego no Brasil recuou para 5,8% no trimestre encerrado em junho, marcando o menor patamar desde o início da série histórica da Pnad Contínua em 2012, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (31) pelo IBGE. Com a redução de 1,2 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e 1,1 ponto em comparação ao mesmo período de 2024, o número de desempregados caiu para 6,3 milhões.

Apesar dos avanços, a informalidade segue como um dos principais desafios do mercado de trabalho brasileiro. Dos 102,3 milhões de pessoas ocupadas, cerca de 38,7 milhões, ou 37,8% do total estão em empregos informais, sem carteira assinada, proteção legal ou acesso à previdência. O número revela que, mesmo com a geração de novas vagas, muitas ainda estão à margem da formalização.

A subutilização da força de trabalho também caiu, com a taxa composta ficando em 14,4%, a menor da série. Ainda assim, 16,5 milhões de brasileiros continuam subutilizados, o que inclui aqueles que gostariam de trabalhar mais horas ou estão disponíveis, mas não encontram oportunidades.

Os setores que mais impulsionaram o crescimento do emprego no período foram administração pública, indústria, comércio, transporte e serviços financeiros. A elevação no número de ocupados,  com crescimento de 1,8% no trimestre e 2,4% no ano, foi acompanhada por um avanço no rendimento médio real, indicando melhora na qualidade de parte das vagas geradas.

Contudo, a informalidade crescente levanta um alerta: o avanço no volume de ocupações não tem sido suficiente para garantir condições dignas e estabilidade para uma parcela significativa dos trabalhadores brasileiros.

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