O valor reflete não só a violência cotidiana nas ruas e rodovias maranhenses, mas também o peso financeiro crescente sobre o sistema de saúde, que sofre com a alta demanda hospitalar e a escassez de recursos. A situação é agravada pela ausência de repasses do extinto seguro DPVAT, que até 2020 destinava verbas específicas ao atendimento de acidentados.
Em nível nacional, os gastos com acidentes de trânsito ultrapassaram R$ 449 milhões neste ano. O montante seria suficiente para a aquisição de cerca de 1.320 ambulâncias do SAMU, o que poderia expandir o atendimento de urgência para mais de 22 milhões de brasileiros.
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) alerta que a falta de fiscalização, a baixa adesão a medidas básicas de segurança, como o uso obrigatório de capacetes e a ausência de campanhas efetivas de prevenção têm contribuído para o agravamento do problema.
Mesmo com os custos elevados e o impacto social crescente, o país ainda carece de políticas públicas consistentes e eficazes voltadas à segurança viária, sobretudo nas regiões com maior índice de acidentalidade, como o Maranhão.