Reeleito com uma votação expressiva, o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), vê sua popularidade começar a desidratar diante de uma gestão marcada por discursos ensaiados, presença constante nas redes sociais e poucas soluções concretas para os problemas reais da cidade. A imagem de gestor moderno e eficiente, que Braide tenta vender ao público diariamente em seus perfis digitais, contrasta cada vez mais com a percepção da população que enfrenta, nas ruas, abandono, descaso e promessas não cumpridas.
A administração tem deixado a desejar até mesmo em questões básicas de infraestrutura urbana. Um exemplo gritante é o estado crítico da ponte localizada na Rua Frei Hermenegildo, no bairro do Anil, sentido Aurora. A cratera aberta na cabeceira da ponte, que atravessa o Rio Anil, ameaça engolir toda a via. Moradores relatam que uma equipe da prefeitura esteve no local, fez a sinalização e simplesmente foi embora — sem retorno ou previsão de reparo. A estrutura está visivelmente comprometida e, sem intervenção urgente, pode resultar em tragédia.
Vídeo:
Esse cenário expõe a fragilidade de uma gestão que prioriza a estética da propaganda em detrimento da eficiência administrativa. O caso da ponte é apenas mais um reflexo de como problemas antes simples, diante da omissão do poder público, tornam-se bombas-relógio para os moradores.
Mas os problemas não param por aí. Em episódio recente, a Prefeitura de São Luís autorizou uma operação da Guarda Municipal para retirar, com uso excessivo da força, famílias da ocupação conhecida como Comunidade Israel, no bairro Gapara, área Itaqui-Bacanga. O caso gerou revolta e indignação: sem ordem judicial e sem diálogo com os moradores, a ação foi conduzida de forma truculenta e sem qualquer respaldo humanitário.
A prefeitura afirmou ser proprietária do terreno, mas até o momento não apresentou documentos que sustentem essa alegação. Tampouco se ouviu qualquer manifestação pública do prefeito Braide em defesa das famílias expulsas — uma omissão que reforça a insensibilidade da gestão com os mais vulneráveis.
A postura autoritária do prefeito, apelidado nos bastidores de “Coronel Braide”, levanta questionamentos cada vez mais frequentes sobre o verdadeiro compromisso da atual administração com a justiça social e a dignidade da população ludovicense.
O contraste entre o Braide das redes sociais — simpático, presente e eficiente — e o Braide da vida real — ausente, omisso e intransigente — começa a se tornar insustentável. A paciência dos ludovicenses, diante de tantos sinais de abandono, está se esgotando.
A mando do prefeito Braide, Guarda Municipal espanca ocupantes de área desocupada