O prefeito de São Luís chegou ao estado mais íngreme após o estouro do escândalo envolvendo um carro com R$ 1 milhão de reais, que tem ligação direta com seu irmão mais velho, além de auxiliares de sua desastrosa gestão.
Desde que iniciou seu mandato, em 2021, Eduardo Braide (PSD) adotou um posicionamento político totalmente controverso. Preferiu o isolamento político, desprezo pela comunicação e pela imprensa, arrogância com os partidos políticos, aliados e ferozmente com os adversários. Agora com uma suposta crise familiar, suas escolhas estão rendendo um preço alto no momento mais adverso da sua melancólica carreira política.
No último dia 30 de julho, um Renault Clio vermelho foi apreendido com mais R$ 1 milhão de reais escondido no interior do veículo, que estava ‘abandonado’ em frente a um condomínio, na Rua das Andirobas, no bairro Renascença, com estreita ligação com a família Braide. No bojo do escândalo estão o médico Antonio Carlos Salim Braide, conhecido como Tonho, irmão mais velho do prefeito, além de Guilherme Teixeira, o ‘Bucho’ e Carlos Augusto Diniz Costa, o ‘Makilas’ que estava lotado na prefeitura como analista técnico da Secretaria Municipal de Informação e Tecnologia (Semit) e foi exonerado depois do caso vir à tona.
Diante do caos instalado na gestão, numa clara e desesperada tentativa de salvar sua pele, após duas semanas de intensa repercussão e pressão da mídia, Eduardo Braide resolveu se pronunciar alegando que a responsabilidade do veículo envolvendo o volumoso dinheiro é de Tonho Braide, o qual afirma não tem relacionamento há quase três anos.
Portanto, Braide entregou a cabeça do irmão à polícia para tentar se desvencilhar do escândalo. Apesar de dizer que não fala mais com o irmão, o prefeito manteve os dois assessores pagos pela gestão operando em favor de Tonho Braide, o que por si só é um fato que contradiz a fala de Eduardo Braide.
Além disso, a desculpa esfarrapada esbarra nas evidências de que Tonho Braide é conhecido no meio político como o operador do prefeito, que nos bastidores é um ‘homem de confiança’ e que trata diretamente das negociações com os empresários.
Eduardo Braide, que nitidamente ensaiou o texto criado pela sua equipe de marketing e jogou para o povo, tentou se vitimizar alegando que não aceita que o nome da sua mãe, já falecida, seja machado e usado de forma ‘leviana’. Ora, quem está manchando a imagem da genitora do prefeito é a própria família, a começar pelo próprio irmão Tonho Braide, que é o responsável pelo veículo Honda Fit de placas NHJ8667 que está registrado no Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN-MA) em nome de Antônia Maria Martins Braide.
Diante da declaração de Eduardo Braide que acabou “entregando” o irmão, agora a Polícia Civil vai intimar “Tonho” para prestar esclarecimento sobre o motivo de ter resgatado “Guilherme Bucho” do local onde ele estacionou o Renault Clio vermelho.
Em meio a essa crise familiar a qual o prefeito revelou; se Eduardo Braide é brigado com o próprio irmão, imagina como ele quer continuar gerindo São Luís? Com briga, ódio e rancor!??
O certo é que a versão contada pelo prefeito gerou ainda mais dúvidas na população que não ‘engoliu’ essa história mal contada, uma vez que, ficam muitas perguntas em aberto, como por exemplo: o que fez Eduardo Braide querer se afastar do irmão durante todo esse tempo? Conhecido por serem pessoas de confiança de Tonho, porque os dois assessores estavam empregados na prefeitura? Porque só depois de todo esse escândalo e 14 anos depois o prefeito veio se indignar com uso do carro que estava em nome da sua mãe? Se soube do caso pela mídia, por que o prefeito demitiu seu assessor Makilas apenas 24h depois do caso vir à tona?
3 anos de indícios de corrupção e escândalos
Ao longo dos 3 anos e 7 meses da gestão desastrosa de Eduardo Braide, o que se pode perceber é uma sucessiva série de indícios de corrupção nas áreas de educação, saúde, transporte público, cultura e infraestrutura.
Nesses quase quatro anos, foram inúmeras ações que levantaram suspeitas de corrupção. O caso mais recente, foi justamente o famigerado Juju e Cacaia, um instituto de educação que foi contratado de forma suspeita, pasmem, para realizar o Carnaval de São Luís por um valor astronômico de R$ 8 milhões de reais.
Assim também com o caso do contrato de R$ 18 milhões selado entre o ex-assessor de Eduardo Braide e a prefeitura de São Luís.