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Potencialidades do estado atraem atenção

José Reinaldo Tavares, ex-governador e Secretário de Desenvolvimento Econômico e Programas Estratégicos (Sedepe). Foto: reprodução

Eu acredito que o apoio institucional que o governo vem dando ao projeto da Gran Pará Maranhão- GPM, um projeto binacional, privado, que envolve empresários portugueses e alemãs está credenciando o estado como um parceiro eficaz e confiável. Daí a atenção que os embaixadores de países da União Europeia estão tendo com nosso estado, se interessando em conhecer melhor nossas potencialidades e as oportunidades de investimento decorrentes. O interesse é geral. Querem saber os incentivos fiscais, a economia, o que temos a mais em relação a outros estados e o nosso foco em desenvolvimento econômico e social. Isso tudo foi mostrado em uma noite memorável muito bem organizada pela Federação de Indústrias do Maranhão-
FIEMA. As discussões e as perguntas que seguiram demonstraram o grande interesse pelo Maranhão, como
também pelo Governo, pelas nossas Instituições como a própria FIEMA.

Na nossa fala começamos pelo projeto da GPM, dotado de um porto com 8 berços todos com 25m de
profundidade cada um, uma ferrovia com 540 km de extensão que liga o porto a Ferrovia Norte Sul (FNS), um
grande projeto de infraestrutura e de logística de transportes capaz de dar qualidade superior, igual a
melhor logística existente no mundo. Hoje a que usamos é deficiente e cara por ainda precisar usar caminhões
para transportar os grãos em distancias inadequadas para esse tipo de veículo, resultando em custos enormes que tiram lucratividade do negócio, prejudicando os empresários. O projeto da GPM é premiado
internacionalmente pela grande qualidade, e estudos do Banco Mundial lhe atribuem taxa de retorno de 26,5%,
quando para ser rentável bastaria ter 8,5% de retorno.

Esse projeto nos coloca no mais alto patamar de competividade pois vão ser usados os maiores navios do mundo, que são os mais eficientes e que podem oferecer fretes muito mais baixos e menor emissão de carbono.

Esse projeto é binacional, privado, que se vale das excepcionais condições oferecidas pela Baia de São
Marcos e ao se conectar por ferrovia a FNS, elimina as dificuldades atuais e consolida todo um sistema
ferroviário que beneficia e moderniza o país.

Em seguida falei sobre os benefícios proporcionados pela nossa Zona de Processamento-ZPE, o Potencial do
Hidrogênio Verde no Maranhão, Fertilizantes Verdes no Maranhão, das Vantagens competitivas no Setor de
Petróleo e Indústria de Gás no Maranhão, Recuperação Ambiental e Descarbonização, Diversificação Industrial,
Infraestrutura Portuária de Ponta, e enfatizei que o Maranhão está aberto para Investimentos.

Tivemos muitas conversas depois, uma das quais com a Embaixadora do Reino da Suécia, Karin Lovisa
Wallensteen, país que deveremos visitar em maio, com uma comitiva de empresários. Iremos visitar um projeto
há muito perseguido pelo Maranhão que é uma siderúrgica que vai produzir aço verde, o que se consegue
não em alto fornos, mas sim com fornos elétricos alimentados por hidrogênio verde. Trata-se da empresa
sueca H2 Green Steel precursora na tecnologia. É importante notar que a produção do aço nos alto fornos
com carvão mineral está sobreofertado no mundo, mas a do aço verde tem um mercado imensamente promissor. Se conseguirmos trazer esse projeto para o Maranhão daremos um pulo tecnológico muito importante.

A conversa com a embaixadora foi ótima, animadora, e ela nos falou que o interesse é mutuo e nos animou
muito a fazer a viagem.

Conversamos também com o Embaixador do Reino da Bélgica, Embaixador Peter Claes, que já esteve aqui neste
ano, interessados em ter mais dados sobre a ISCM Foundation, entidade Belga, com quem estamos
desenvolvendo uma parceria que nos parece muito importante capaz de nos ajudar a resolver problemas
importantes para o desenvolvimento do estado. Ele elogiou muito a entidade disse que é muito séria e
experiente. Falamos também sobre o nosso interesse em conhecer o acordo operacional entre os portos de
Antuérpia e Bruges, ambos daquele país, e é possível que na volta da Suécia passemos lá.

Assim como veem o Maranhão custou a se mostrar para o mundo mas quando se mostrou foi muito bem recebido.

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