Tenho sido perguntado quais as nossas perspectivas para o ano de 2024. Tenho respondido sempre a essa pergunta com a mesma resposta. Acredito que o ano que já se iniciou, será pródigo em boas notícias e em realizações, com grandes projetos estruturantes capazes de fazer a diferença na busca do desenvolvimento.
Nós vamos nos fixar naquilo em que fazemos diferença, ou seja tornar realidade aquilo em que somos
mandatários, nos impor pela qualidade e vantagens do que podemos oferecer ao mercado, em uma escala em
que nenhum outro estado possa competir, sintetizado na formação de preços dos seus produtos e em um imenso poder de competitividade.
Com esse norte, já estamos renovando a nossa luta pela ZPE, que é importantíssima para projetos de produção de hidrogênio verde e amônia verde. E para a produção e exportação de produtos da NeoIndustria, com grande
valor agregado. Para isso estamos de olho em um projeto na Suécia, de uma empresa denominada H2 Green Steel, que pretende produzir 5 milhões de toneladas de aço verde utilizando para isso fornos elétricos alimentados por hidrogênio verde, em substituição aos alto fornos que utilizam carvão mineral e que emitem grandes quantidades de dióxido de carbono, uma indústria suja. Como temos minério de ferro da Vale em São Luís, com a ZPE e com a melhor logística de transportes do Brasil, que nos dá vantagem enorme em relação a qualquer outolocal do Brasil, seremos absolutas em siderurgia limpa, que é parte importante da NeoIndustria, com produtos altamente valorizados no mercado.
Ficamos sabendo que quem faz oposição fechada as ZPEs é a Federação de Indústrias de São Paulo a FIESP, que implica com a possibilidade de ZPEs poderem produzir produtos para a exportação e para o mercado interno.Para evitar discussões, cobertas de razão ou não, não nos interessa ficar perdendo tempo, nós poderemos abdicar dessa prerrogativa não produzindo nada para o mercado interno, permanentemente, colocando a proibição no estatuto da ZPE, para que não se precise modificar a Lei, o que denota tempo.
Para o mercado interno, nos basta a ligação ferroviária de alta qualidade entre nossos portos e a Ferrovia Norte Sul, nos ligando a todo o sistema ferroviário brasileiro, ou seja a todos os estados brasileiros.
Para o mercado externo temos os melhores portos do Brasil que podem receber os maiores navios do mundo, justamente aqueles que jogam para baixo os preços dos fretes e em consequência os preços finais dos produtos
transportados, para qualquer país do mundo. N:inguem pode competir com essas condições, só nós temos.
Por isso 2024 nos traz tantas esperanças. Já que está previsto para este ano, no segundo semestre, o início das
obras do Terminal Portuário de Alcantara e da ferrovia EF-317, que o ligará o terminal portuário a Ferrovia Norte
Sul entre Imperatriz e Açailândia. Esse terminal portuário não tem paralelo no Brasil, pois além de ter um canal de
acesso que atenderá somente ao Terminal, é formado por 8 berços com profundidade de 25m cada um, caso raro no mundo, constituindo uma tremenda vantagem na formação do preço dos produtos exportados por ele. Assim esse é um dos nossos maiores diferenciais em relação a qualquer outro estado brasileiro, em qualquer
região do país.
Esse lançamento simultâneo, porto e ferrovia, será um grande acontecimento na agenda brasileira pois será
capaz de levar grandes benefícios a todo o Agro brasileiro, exatamente o setor que puxa o PIB para cima. E é um benefício permanente.
Como já falei antes acredito que poderemos oferecer energia renovável, eólica ou solar, e mesmo hibrida com a
operação conjunta das duas citadas, com menor custo do mundo. Estamos próximos ao Equador, no caso da
energia que vem do sol, assim como dispomos de ventos alísios constantes e sem rajadas. E como temos água e
vamos trabalhar para controlarmos a vazão dos nossos rios, para evitar que essas águas possam correr livremente para o mar, e ao invés disso, acumulá-las para atender não só a produção de alimentos, como também a produção de energia limpa, produção de bens de toda a natureza. A água é um bem gigantesco, vital para a humanidade.
Se além disso tivermos petróleo na Bacia Barreirinhas, na Margem Equatorial, aí nem é preciso argumentar. É um
salto enorme para o desenvolvimento. Feliz Ano Novo para todos os leitores.