Na próxima quarta-feira, dia 24 de janeiro, completa um ano da morte da jovem de 19 anos, Elaine Cristina Muniz dos Santos, moradora do bairro Ilhinha, em São Luís.
Após todo esse período, segundo a família, as investigações não progrediram, e até o momento nenhum envolvido foi preso, ou responsabilizado pela morte da jovem.
De acordo com dados da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), Elaine Muniz, no dia 24 de janeiro de 2022 saiu de casa para receber uma pensão alimentícia nas mãos do pai da sua filha, que não teve o nome divulgado, na Rua Fé em Deus, da Vila Luizão.
A versão contada à polícia pelo ex-companheiro da vítima e sua família, que neste local, a jovem teria sofrido uma queda de uma escada, fraturando pescoço e vindo a óbito ao dar entrada no hospital.
Na época, uma equipe da SHPP se deslocou até a residência, realizou os procedimentos necessários, inicialmente, ouviu algumas testemunhas e expediu a guia cadavérica com o objetivo de obter a verdadeira causa da morte.
‘’A intenção da SHPP é esclarecer de fato o que aconteceu com essa jovem, se houve uma morte acidental ou violenta praticada por terceiros’’, disse o delegado Clarismar Campos ao explicar como se deu os primeiros passos da investigação do caso na época.
Para a família da vítima, que convive com a dor da perda precoce de Elaine Cristina Muniz, a versão contada pelo ex-companheiro e sua família não condizem com a realidade dos fatos.
Os familiares acreditam que o caso foi premeditado, pois a jovem recebeu uma ligação do pai da filha dela, marcando um encontro para entregar uma quantia em dinheiro que seria referente a uma pensão alimentícia. No entanto, poucas horas depois, receberam a notícia que a jovem estava morta.
O avô da jovem alega, que o caso tramita na justiça, mas segue a passos lentos e algumas pessoas que estavam presentes no dia do fato (suspeitas) nunca foram intimadas para serem ouvidas. Acrescenta que Elaine apresentava vários hematomas nos braços, pernas e pescoço, reforçando os indícios de que não foi simplesmente uma queda.
‘’Precisamos que a Justiça nos dê uma resposta da morte da minha neta. Por que até agora nunca me deram. Todos os envolvidos continuam soltos’’, desabafou o avô da jovem ao falar com a reportagem do JIB.
Segundo o avô da vítima, no dia do fato, ligou para uma pessoa identificada apenas como Vera que estava no local, para saber o que tinha acontecido, mas ela se limitou a dizer que não conseguiu prestar socorro Elaine Muniz, pois estava cuidando do bebê. Versão, que segundo familiares não retrata a realidade do que de fato aconteceu. ‘’Segundo ela [Vera] me dizendo por telefone que ela não pôde prestar socorro para minha neta por que ela estava com o guri. Sendo que isso é uma conversa muito mal contada. A justiça nunca chamou eles’’, complementou o avô, que clama por justiça.
Na época, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou, por meio de nota, que a paciente chegou sem sinais vitais no hospital e, após todos os procedimentos de ressuscitação sem êxito, o corpo foi removido para o Instituto Médico Legal (IML), no Bacanga, para ser autopsiado.
‘’Quem está no sofrimento somos nós. É eu que estou no sofrimento. É uma ferida que não sara irmão. Até porque a Justiça é lenta […] Cheguei lá para perguntar para o delegado, e ele disse que era queda livre, sendo que hoje eu estou com o laudo do IML na mão e ela com vários espancamentos no corpo, no braço, nas pernas, uma parte da cabeça da menina quebrada’’, concluiu em contato com o JIB.
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