O Jornal Itaqui-Bacanga faz uma grande cobertura das eleições de 2022 e traz um panorama do pleito no Maranhão com o perfil de cada candidato ao governo. Entre os principais, Carlos Brandão, que concorre à reeleição; Weverton Rocha e Lahesio Bonfim.
Essa análise do perfil com a característica de cada candidato permite ao eleitor, que irá às urnas daqui a 11 dias, escolher de maneira mais consciente o candidato que vai conduzir os rumos do estado pelos próximos quatro anos.
Conheça o perfil de cada um:
CARLOS BRANDÃO (PSB) – Tem 64 anos, é casado, pai de dois filhos, nascido na cidade de Colinas e formado em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA).
Ao longo de mais de 30 anos de vida pública limpa, o sertanejo teve três passagens como secretário de Estado, entre as quais se destacou como Chefe da Casa Civil. O trabalho no secretariado foi tão expressivo, que pouco tempo mais tarde saiu vitorioso das urnas como deputado federal, com mais de 135 mil votos, sendo reeleito e reconhecido pela Revista Veja como um dos principais parlamentares do Maranhão na Câmara Federal.
Com uma folha significativa de serviços prestado ao povo maranhense, Brandão se credenciou a ser escolhido para compor a chapa de Flávio Dino ao governo, eleito em 2014 e reeleito no 1° turno em 2018.
Carlos Brandão foi escolhido candidato ao governo para as eleições de 2022 por reunir todas as condições necessárias para continuar avançando com as ações do governo. Político experiente, leal, ficha limpa, agregador e comprometido, tem o apoio e a confiança de Flávio Dino, e no Maranhão é o candidato de Lula.
Liderando todas as pesquisas de intenção de votos, Carlos Brandão, ao lado do ex-governador e do ex-presidente, vem mostrando força e preferência sobre o eleitorado maranhense. Com o dobro das intenções de voto do segundo e terceiro colocados, o socialista caminha a passos largos para ter sacramentada sua reeleição no primeiro turno.
Weverton Rocha (PDT) – Tem 43 anos, é casado, pai de três filhos, nascido em Imperatriz e formado em Administração pela Faculdade São Luís. O pedetista ingressou na política cedo, por meio do movimento estudantil, e ainda na adolescência para a maior idade, respondeu ao seu primeiro processo dos 20 que tramitam na Justiça. No primeiro foi acusado de desviar dinheiro da União Municipal de Estudantes Secundaristas (UMES). À frente da entidade houve outro escândalo que envolve a gestão de Weverton Rocha em formação de quadrilha, estelionato e tentativa de furto qualificado mediante fraude.
Weverton também foi secretário de Estado da Juventude, no governo de Jackson Lago, sendo processado por improbidade administrativa por pagamento de dinheiro público em obra com caráter privado. O pedetista também respondeu por improbidade administrativa e desvio de mais de R$ 5 milhões referentes a uma obra do Ginásio Costa Rodrigues, um dos maiores escândalos de corrupção do Maranhão. Assim como por improbidade administrativa e danos ao erário público do FNDE no ProJovem.
Na sua passagem pelo Ministério do Trabalho, Weverton foi processado novamente por improbidade administrativa, acusado de irregularidades na pasta. Contra ele foram apresentadas denúncias de crimes de peculato, furto, corrupção passiva e ativa.
Em 2010, ficou na suplência de deputado federal e assumiu a cadeira definitivamente de 2012 até 2018, quando se elegeu senador do Maranhão.
Mesmo com um histórico recheado de escândalos e polêmicas e um grupo rachado, Weverton se lançou candidato ao governo e no Maranhão pede voto ao candidato controverso Ciro Gomes, que também tem um histórico devastador.
Para tentar chegar ao Palácio dos Leões, o pedetista tem ainda como aliado, o deputado federal Josimar Maranhãozinho, conhecido das páginas policiais e alvo de investigações e operações da Polícia Federal por desvio de recursos públicos.
Weverton tem sentido dificuldades de tocar a campanha, principalmente nos debates, pela condição de sua biografia manchada por acusações de desvio de recursos. Em temas sensíveis como do orçamento secreto, o candidato tem optado por desviar o assunto, mostrando sua fragilidade ao eleitor.
LAHESIO BONFIM – Aos 44 anos, Lahesio Bonfim (PSC) é natural de Marcos Parente, no Estado do Piauí, casado, pai de três filhos, médico formado pela Universidade Estadual do Piauí e concursado pelo IFMA. O cristão iniciou sua vida política no seu estado de origem tentando alçar à prefeitura municipal em 2008, mas saiu derrotado das urnas. Em 2012, o médico já trilhava por terras maranhenses, e novamente foi derrotado nas urnas; desta vez, na cidade de São Pedro dos Crentes. Na eleição de 2016, Bonfim voltou a encarar a eleição e saiu vitorioso, reelegendo-se em 2020.
Não diferente de Weverton, o ex-prefeito também se envolveu em escândalos de corrupção, sendo o de maior destaque o esquema milionário de fraude em licitação, que o tornou réu por associação criminosa. Segundo as denúncias, a prefeitura, à época comandada por Lahesio, superfaturou preço de combustível, em que o posto beneficiado é de sua propriedade, dano que pode ter custado aos cofres públicos um prejuízo de mais de R$ 40 milhões.
Simpático do público evangélico e cristão, Bonfim tem surpreendido na corrida eleitoral, mostrando sua força diante das pesquisas eleitorais em que aparece colado em Weverton, numa tendência de crescimento, podendo chegar a um eventual segundo turno, caso consiga convencer o seguimento da direita de que é o melhor nome.
No Maranhão, Lahesio é o candidato oficial do presidente Jair Bolsonaro, que está apostando suas fichas no ex-prefeito. A falta de experiência e pouco conhecimento sobre o estado que quer governar tem levado Bonfim a fraquejar nos debates, abrindo uma brecha para os adversários usarem como discurso contra ele.
EDIVALDO HOLANDA JÚNIOR – Tem 44 anos, é casado, pai de duas filhas, advogado e empresário, natural de São Luís. Atualmente filiado ao PSD, ele ingressou muito jovem na vida pública, exerceu dois mandatos consecutivos de vereador, foi eleito deputado federal e prefeito da capital maranhense em 2012 e reeleito em 2016.
Com apoio do deputado Edilázio Júnior, conseguiu o partido para disputar o governo do Maranhão. Desgastado após deixar a prefeitura, em que sua gestão foi alvo da Polícia Federal por suspeita de desvio de recursos da saúde, Holandinha vai amargando nas pesquisas que o apontam em queda livre. Ele, que chegou a figurar em segundo lugar, agora disputa a quarta posição com Simplício Araújo. A falta de envergadura e de apoio político indicam que Edivaldo será a maior decepção dessas eleições no Maranhão.
SIMPLÍCIO ARAÚJO– Tem 53 anos, é casado, pai de três filhos, natural de Bacabal, empresário e consultor de sistemas.
Na sua carreira política, foi candidato a deputado federal em 2010, ficando na suplência; em 2012, tentou ser prefeito de Pedreiras, mas não se elegeu. Já em 2014 se filiou ao Solidariedade e novamente ficou na suplência na disputa de uma cadeira na Câmara dos Deputados, o mesmo acontecendo em 2018.
Simplício chegou a atuar em 2011 e 2015 durante a vacância do titular. De 2015 a 2021 foi secretário de Estado de Indústria e Comércio na gestão do ex-governador Flávio Dino.
O ex-secretário chegou a pontuar 3%, mas caiu, diante da inexpressividade política e da polarização dos três primeiros candidatos.
ENILTON RODRIGUES (PSOL) – Tem 42 anos, é pai de cinco filhas, formado em Engenharia Florestal e pós-graduado em Gestão Pública pela Universidade Federal de Viçosa (UFV-MG).
O engenheiro é militante do PSOL desde a fundação do partido e integrou a executiva do PSOL-DF.
Na sua trajetória política, Enilton Rodrigues se lançou candidato a vereador por sua cidade natal, Arame, mas não teve êxito. O presidente do PSOL no Maranhão decidiu, agora com apoio da sua militância, encarar o pleito para o governo estadual.
FRANKLE COSTA (PCB). Tem 43 anos, é natural da cidade de Imperatriz e servidor público municipal, com Ensino Médio completo.
Em 2020, Flankle Costa foi candidato a vice-prefeito de Imperatriz. Agora, ele concorre ao governo do Maranhão em chapa pura.
HERTZ DIAS – Tem 51 anos, é casado, natural de São José de Ribamar, formado em História e professor da república municipal.
Em sua caminhada política, Hertz concorreu a vice-presidente do Brasil pelo PSTU, em 2018, e em 2020 à prefeitura de São Luís.
JOÁS MORAES (DC) – Tem 53 anos, é natural de Imperatriz, casado e professor Auxiliar da UEMASUL. O candidato foi filiado em 2006 ao Partido Verde, onde concorreu ao cargo de deputado estadual.