O candidato ao governo do Maranhão, Lahesio Bonfim (PSC) é réu em uma ação penal em que é acusado de fraude em licitação, associação criminosa e armazenamento irregular de combustível.
Após declarar de forma polêmica e controversa seus bens, que estão estimados em R$ 4,6 milhões, documentos enviados à Justiça Eleitoral confirmam que o ex-prefeito de São Pedro dos Crentes é réu.
Na certidão criminal aponta que as denúncias do Ministério Público estadual foram oferecidas no dia 17 de junho pelo juiz da 4ª Vara Criminal da Comarca de Balsas, Douglas Lima da Guia. Ainda segundo apurações do Jornal Itaqui-Bacanga, a denúncia foi apresentada ao Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA) pelo procurador-geral de Justiça Eduardo Nicolau, que na época, o candidato ao governo ainda ocupava o cargo de prefeito em São Pedro dos Crentes, portanto tinha foro especial. O caso tramita em segredo de Justiça.
Depois de renunciar ao cargo em abril, o processo que acusa Bonfim de fraude em licitação e associação criminosa foi remetido à primeira instância. A defesa do ex-gestor, que mira o Palácio dos Leões, pediu a suspeição do processo.
As denúncias que põe em cheque Lahésio Bonfim, estão reforçadas por relatórios de análise das quebras de sigilo de dados bancário e fiscal, autorizados pelo TJMA, e também de provas obtidas durante a operação policial em julho de 2020 que cumpriu mandados de busca e apreensão na prefeitura que era comandada por Lahésio Bonfim, até abril deste ano.
As investigações apontaram para um grande esquema criminoso no fornecimento de combustíveis para a administração pública municipal. Segundo o inquérito da Polícia Civil, o esquema envolvia um posto entre as cidades de Balsas e São Raimundo das Mangabeiras, que venceu uma licitação com suspeita de fraude e de sobrepreço, que seria do próprio Lahésio, que era gerenciado por meio de laranjas.
Segundo consta na própria declaração de bens à Justiça Eleitoral, Lahésio que diz ter afirmado durante ato de pré-campanha que às vezes não tinha dinheiro para comprar um almoço, nem o jantar, tem entre o seu patrimônio de mais de R$ 4 milhões fazendas, terrenos e parte societária em empresas e um auto posto.
Quando disputou o primeiro cargo público em 2008, Lahésio declarou ter apenas R$ 156 mil e atualmente chega a casa dos milhões. Segundo o próprio Lahesio nas redes sociais, o patrimônio pomposo é fruto de quase 20 anos de profissão de médico.
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