Em novembro de 2021, antes da disponibilização das vacinas, a taxa de soroconversão de anticorpos no grupo estudado era de apenas 15,1% e exclusivamente relacionada ao contato da pessoa com o vírus.
Em fevereiro de 2021, após o mutirão para a aplicação da primeira dose de CoronaVac que ocorreu no HCFMUSP, houve um leve aumento da taxa para 28,9%. Em abril, no entanto, já com a segunda dose da vacina aplicada, foi alcançada a taxa de 89,5% de soroconversão e, por fim, em dezembro, 99,7% após a dose de reforço com o imunizante da Pfizer.
“Esse estudo claramente corrobora a importância de vacinar com as três doses recomendadas. As duas primeiras doses de CoronaVac já obtiveram resultados muito bons, com quase 90% de soroconversão. Com a terceira, chegou-se muito perto da totalidade, um dado extremamente animador que pode ter refletido na redução dos casos de internação por Covid-19 que temos observado na população vacinada”, afirma Silvia Figueiredo Costa, infectologista do HCFMUSP e coordenadora do estudo.
O trabalho ainda sequenciou amostras de funcionários do grupo estudado que testaram positivo para Covid-19 ao longo da pesquisa e observou que, entre os meses de março e julho, houve predominância de infecções causadas pela variante Gama (março: 91%; abril: 98,5%; maio: 98,9%; junho: 100%; e julho: 88,5%).
A variante Delta começou a ser identificada também em julho entre funcionários do HCFMUSP, quando era 6,5% dos casos, e nos meses seguintes se tornou predominante (agosto: 79,8%; setembro: 97,4%; outubro e novembro: 100%).
“Diante do aumento de número de casos da variante Ômicron no mundo, é muito importante que a população receba a terceira dose da vacina que, neste momento, é a principal medida farmacológica disponível para conter a pandemia”, alerta a médica.
Fonte| R7