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Preso, no Paraná, segundo suspeito de ter sido contratado por mulher para matar o marido na Grande São Luís

Mulher confessou que pagou pela morte do esposo (foto reprodução|| Arquivo pessoal)

Na manhã desta quinta-feira (26), foi preso o terceiro suspeito de ter participado da morte de Charles Cutrim de Sousa, que foi morto a tiros na porta da própria casa na cidade de Paço do Lumiar, na Região Metropolitana de São Luís, em março de 2020. O suspeito foi preso na cidade de Sarandi, no estado do Paraná, e ele é apontado como o responsável por executar a vítima.

Charles Cutrim de Sousa foi morto no início da manhã do dia 27 de março de 2020, alvejado com disparos de arma de fogo na porta de sua casa no Residencial Renascer, região do Maiobão, quando se preparava para ir trabalhar.

A princípio, a polícia trabalhava com a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte), mas no decorrer das investigações encontrou vestígios que apontaram a morte como crime por encomenda.

Após ser presa, a mulher da vítima confessou que decidiu mandar matar o companheiro porque ele não aceitava o fim do relacionamento e costumava ameaçá-la de morte, caso se separassem.

“A viúva da vítima acabou contratando dois indivíduos para que executassem seu marido que, segundo ela, a agredia, a ameaçava de morte, não aceitava o fim do relacionamento. E ela nos confessou, na manhã de ontem, que por causa dessas constantes ameaças e agressões ela resolveu contratar uma pessoa para executar o seu companheiro, o que foi feito na manhã do dia 27 de março do ano passado”, disse o delegado Clarismar de Oliveira, da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), responsável pelas investigações.

Ainda de acordo com o delegado, a motivação do crime segue sendo investigada. O que a polícia já conseguiu esclarecer é que a mulher foi a mandante do crime e pagou dois irmãos para praticá-lo.

“Quanto a motivação a gente está tentando esclarecer se essa versão de que essa vítima agredia ela ou não é verdadeiras. Mas, certamente, isso não muda o fato de que ela contratou pessoas para matar o seu próprio companheiro. E não vai mudar nem a tipificação nem a forma do crime e muito menos o mandado de prisão. A motivação nesse caso é só pra gente tentar entender, e os familiares entenderem o porquê do Charles ter sido morto. Mas para a tipificação não vai haver mudança nenhuma”, explicou o delegado.

Charles Cutrim era empregado em uma grande empresa em São Luís e, além do patrimônio pessoal, possuía seguro de vida.

Pagamento parcelado

 

Segundo as investigações, ficou comprovado que a companheira da vítima contratou dois homens para que executassem Charles Cutrim, mediante pagamento da quantia de cerca de R$ 15 mil. Sendo que a mulher teria que dar R$ 1.500 como “entrada” e o restante do valor seria dividido em 19 parcelas de R$ 700, pagas via depósito bancário.

“Segundo ela nos relatou, ela adiantou um valor em espécie para um dos executores e dividiu o restante em parcelas mensais, que inclusive ela afirmou que estava pagando até o mês de agosto deste ano. Parcelas mensais no valor de R$ 700, totalizando cerca de R$ 15 mil. Ela disse que efetuava a transferência. É claro que a gente está correndo atrás de confirmar a veracidade dessas informações”, afirmou o delegado Clarismar de Oliveira.

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