Minhas amigas e meus amigos! Nesta semana, foi anunciado que o Brasil cresceu 1,2%, neste primeiro trimestre de 2021, depois que a soma das riquezas produzidas durante o ano vinha caindo. Parece um número pequeno, mas, se só caía e agora cresceu, é bom sinal. Sim, é claro, qualquer crescimento é importante.
Mas o que quer dizer isso mesmo? Você sentiu alguma melhora? Está ganhando mais agora? Os preços pararam de subir nos supermercados? Não, não é? Tudo continua difícil como sempre! E, se aumentou a riqueza e o país cresceu, por que não chegou para as pessoas que – como a senhora ou o senhor – lutam todos os dias para colocar a comida na mesa?
Eu fui procurar saber o porquê desta situação. Para quem trabalha no agronegócio, que produz e vende para a China, o setor realmente cresceu, o setor ganhou mais dinheiro. A exportação de minério, também para a China cresceu. A venda de máquinas, fertilizantes, os bancos, os intermediários financeiros e outros setores cresceram. Mas, infelizmente, esses setores empregam uma parte menor dos empregados em geral.
O setor campeão de empregos, tantos os de carteira assinada quanto os temporários, os bicos, os por conta própria, os pequenos empreendedores e prestadores de serviço, os ambulantes, os empregados no comércio, nos bares, nos restaurantes, nas academias, no turismo, os que produzem e vendem artesanatos, os músicos, artistas e tantos outros, nada mudou porque o setor de serviços que é responsável por cerca de 73% dos empregos, ao invés de crescer, diminuiu 0,8%, ou seja, tem mais gente desempregada hoje do que há um ano atrás. O setor de serviços, o grande empregador, só funciona com o povo na rua, com as pessoas interagindo uma com as outras.
Mas como fazer isso sem vacinação? É preciso que três quartos da população, ou 75%, esteja vacinada e, infelizmente, estamos muito longe disso. Sem isso, vai aumentar o número de contaminados, de pessoas nos hospitais, nas UTIs e o sistema de saúde não poderá atender até morrer gente nos corredores. Vai ser pior. Para que o povo possa ficar em casa, enquanto a vacina não vem, só voltando a pagar os 600 de antes reais. Ou então, tudo vai piorar enquanto aparecem novas e mais perigosas mutações do vírus, como já acontece com a demora que existe para a vacinação.
Por mais que Flávio Dino e Brandão ajudem, eles acabam sem poder dar conta de todos. Só a vacinação em larga escala ou, enquanto isso não acontece, o auxílio de 600 reais podem manter o povo vivo e afastar a fome. Vamos continuar torcendo por um Brasil vacinado e melhor para todos.