“Eu considero natural que lá no começo da pandemia a gente tenha insistido em algo que não tem realmente valor”, disse, completando que a cloroquia já foi descartada por “estudos científicos sólidos” de instituições renomadas do mundo inteiro.
Luana revelou à CPI que não sabe porque teve barrada sua nomeação como secretária do ministério da Saúde. Ela ficou no cargo por apenas dez dias e foi dispensada de maneira repentina. Luana também falou que vê uma falta de coordenação e compreensão no enfrentamento à pandemia.
Questionada se era contra a autonomia dada aos médicos pelo Ministério da Saúde, permitindo que eles receitem medicamentos para o tratamento precoce da doença causada pelo novo coronavírus, Luana afirmou que os profissionais de saúde podem sugerir os remédios, mas também precisam assumir a responsabilidade por eventuais problemas. Para Araújo, “autonomia médica não é licença para experimentação”.
“O profissional tem direito de indicar da maneira que ele considerar correta, mas ele precisa ser responsabilizado por aquilo que ele faz.”
Ela defende que médicos que utilizam remédios sem comprovação científica contra a covid, como a cloroquina, não podem utilizar a lógica de “se eu prescrevo e a pessoa se salva, eu digo que sou o máximo, mas se ele morre, foi Deus que quis”.
Ela opinou que as falsas teses encontram terreno fértil na população em situação de desespero e que precisa sair para trabalhar para sobreviver. Ela pregou o diagnóstico precoce como uma estratégia de impacto de saúde e também econômico. A ideia defendida é a testagem em massa e isolamento de casos no início da infecção, reduzindo a disseminação da pandemia.
A médica disse ainda que, se o “kit covid” fosse eficiente, o país não teria os atuais números. Até terça-feira (1º), 467.706 tinham morrido da doença.
Fonte|| R7.com