A Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) investiga as circunstâncias da morte de um Sargento da Polícia Militar, ocorrido no sábado (22), após uma discussão com um Soldado também da PM, quando ambos retornavam do balneário Retiro, na localidade da zona rural de Mirinzal.
De acordo com a delegado da PC-MA, Eder Viegas, que está a frente das investigações, o sargento Silvamar Silva, de 45 anos, estava acompanhado do soldado conhecido como Holanda, de 26 anos, quando houve o início da discussão. Ambos atuavam juntos na mesma guarnição, haviam passado o dia se divertindo e ingeriram bebida alcoólica.
Segundo a namorada informou à polícia em depoimento, o soldado pediu para conduzir o veículo, pois o sargento não estava em condições de dirigir, por conta do consumo de álcool. A vítima também teria ficado irritado após a testemunha se oferecer para trocar de lugar com soldado, uma vez que ela estava no banco dianteiro do carona. Silvamar recusou-se.
Antes do desfecho trágico, a mulher ainda desceu do carro junto com o sargento, logo em seguida retornaram ao veículo e deram continuidade ao trajeto.
‘‘Mas adiante, a vítima parou o veículo; e, na continuidade da discussão, o suspeito desceu e falou que ia embora para o Centro de Mirinzal a pé. O sargento desembarcou também, mas, no entanto, retornou para pegar sua arma. A testemunha disse que a vítima deu dois disparos, um para o chão”, explicou o delegado.
O delegado informou que depois, o soldado sacou a arma da cintura e efetuou dois disparos, sendo, que o primeiro atingiu na altura do coração e o segundo também na mesma região. Logo após o crime, segundo delegado, a vítima foi consolada pelo suspeito que demonstrou frieza e ainda solicitou que ela tirasse uma foto da vítima, para sustentar a alegação de legítima defesa.
”Se o sargento tivesse levantado e apontado a arma para o autor dos disparos, aí sim estaríamos diante de uma legítima defesa. Acontece que, no momento em que ele saca a arma e dá um tiro para o chão, não foi em direção ao autor. E uma linha muito tênue entre legítima defesa e o homicídio. E nesse caso, justamente porque ele não apontou diretamente essa arma para o soldado é que entendemos que não houve legítima defesa”, frisou o delegado; que a apuração foi baseado em cima no que disse a namorada de vítima que testemunhou o homicídio.
As duas armas que os envolvidos utilizavam no dia do crime passarão por pericia no Instituto de Criminalística (ICRIM) do Maranhão. O suspeito segue preso preventivamente no presídio do quartel do Comando Geral da PM na Capital Maranhense.
Com informações do Jornal Pequeno