Em entrevista coletiva, Muyaya explicou que nove pessoas morreram em um acidente de trânsito na cidade de Goma enquanto tentavam fugir rumo à vizinha Sake, e outras duas foram carbonizadas.

Ainda de acordo com o porta-voz, quatro prisioneiros que tentaram fugir da penitenciária central de Munzenze, também no município, foram mortos.

Um total de 17 cidades nas proximidades de Goma, incluindo Buhene, justamente onde o fluxo de lava parou no início da manhã de domingo, foram afetadas pelo fenômeno, que destruiu centenas de casas, escolas e unidades de saúde.

Após realizar uma reunião do comitê de crise no domingo, o governador militar de Kivu Norte, Constant Ndami, ordenou que as forças armadas e a polícia do país “garantam a segurança da cidade e das rotas de evacuação para evitar casos de roubo e barbárie”, disse Muyaya.

Além disso, mais de 150 crianças acabaram separadas de suas famílias por causa da erupção vulcânica e teme-se que mais de 170 tenham se perdido enquanto os habitantes de Goma fugiam da cidade no sábado (22) à noite, advertiu hoje o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

De acordo com a agência da ONU, mais de 5 mil pessoas cruzaram a fronteira com Ruanda no domingo à noite (o Ministério de Gerenciamento de Emergências ruandês disse que eram cerca de 8 mil) e pelo menos 25 mil chegaram a Sake.

A erupção do Nyiragongo começou por volta das 19h de sábado (horário local; 13h de Brasília). O vulcão é um dos mais ativos do mundo e é frequentemente escalado por turistas que querem ver o lago de lava abrigado em sua cratera.

Nyiragongo entrou em erupção pela última vez em 2002, forçando cerca de 300 mil pessoas a fugir das correntes de lava que cobriram grande parte de Goma e mataram cerca de 200 pessoas.

*EFE