Segundo o Monitor, entre fevereiro e março, o Maranhão teve uma leve redução da área total com seca de 61% para 58% do território maranhense. Com isso, o Maranhão teve a maior área livre de seca no Nordeste em fevereiro: cerca de 42%.
De acordo com o levantamento, esta é a melhor condição do fenômeno no estado desde setembro de 2020 e a melhor situação do Nordeste no último mês. A redução das áreas com seca fraca e moderada no Maranhão tiveram como causa às chuvas acima da média no último mês.
Já nos demais estados nordestinos, as chuvas abaixo da média ao longo dos últimos meses, causaram uma piora na condição de seca em março, marcada pelo aumento das áreas com seca moderada e/ou grave em parte de Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.
Além do Maranhão, em março deste ano, em comparação a fevereiro, o Monitor identificou a redução da seca em cinco das 20 unidades da Federação: Alagoas, Paraná, Piauí, Santa Catarina e Tocantins.
O território capixaba, por sua vez, deixou de registrar seca, o que não acontecia desde abril de 2020. No sentido oposto, Rio de Janeiro e Minas Gerais tiveram aumento de sua área com seca, enquanto São Paulo registrou a categoria mais intensa para o fenômeno no país: seca excepcional, que não era registrada pelo Monitor no Brasil desde março de 2019.
Em sete estados, 100% de seus territórios continuaram com seca no último mês em comparação a fevereiro: Ceará, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Sergipe. A Bahia passou a ter seca em 100% do estado, o que não acontecia desde março e 2019. Outros três estados registraram entre 96 e 98% de área com seca: Paraná, São Paulo e Goiás. O Distrito Federal e o Espírito Santo são as únicas unidades da Federação sem o fenômeno.
Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada pelo Monitor, a Bahia lidera a área com seca, seguida por Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.
Monitor de Secas
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas nas cinco regiões do Brasil, com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. A ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
O Monitor de Secas é coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), e desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas. No Maranhão, a instituição que atua no Monitor de Secas é o Laboratório de Meteorologia do Núcleo Geoambiental da Universidade Estadual do Maranhão (LABMET-UEMA).
*Com informações do G1MA