Ícone do site Jornal Itaqui Bacanga

Nova nanotecnologia promete destruir bactérias e fungos

Pesquisadores anunciam descoberta com nanotecnologia para combater fungos e bactérias. Crédito: Shutterstock

A resistência a antibióticos é uma grande ameaça à saúde global, causando cerca de 700 mil mortes por ano. Sem o desenvolvimento de novas terapias, o número de mortes pode subir para 10 milhões até 2050. Já as infecções causadas por fungos matam cerca de 1,5 milhão de pessoas a cada ano. Uma ameaça emergente aos pacientes com Covid-19 hospitalizados, por exemplo, é o Aspergillus, que pode causar infecções secundárias mortais.

A nova descoberta foi baseada num material 2D ultrafino que tem sido muito pesquisado pelo setor de eletrônicos. Estudos sobre fósforo negro (BP) indicam que ele tem propriedades antibacterianas e antifúngicas, mas o material nunca foi metodicamente examinado para uso clínico.

O pesquisador co-líder da pesquisa, Dr. Aaron Elbourne, afirmou que “este é um avanço significativo, uma vez que estamos falando de patógenos responsáveis por enormes cargas de saúde”. Ainda segundo ele, “à medida em que a resistência a drogas continua crescendo, a capacidade de tratar infecções se torna cada vez mais difícil”.

Elbourne ainda explicou que “precisamos de novas armas inteligentes para a guerra contra as bactérias e fungos que não contribuem para o problema da resistência antimicrobiana”. “O revestimento de nanofina é um assassino de bactérias, que trabalha rasgando bactérias e células fúngicas”, completou.

Como funciona o assassino de bactérias nanotinas

À medida em que o BP se decompõe, ele oxida a superfície de bactérias e células fúngicas. Este processo, conhecido como oxidação celular, funciona para rasgá-los. O novo estudo testou a eficácia das camadas de nanototina de BP contra cinco cepas de bactérias comuns, incluindo E. coli e MRSA, resistente a medicamentos, e cinco tipos de fungos, incluindo Candida auris.

Em apenas duas horas, até 99% das células bacterianas e fúngicas foram destruídas. O BP também começou a se auto-degradar e foi totalmente desintegrado em 24 horas, característica importante que mostra que o material não se acumula no corpo.

Os pesquisadores agora começam a experimentar diferentes formulações da novidade para testar sua eficácia numa gama de superfícies medicamente relevantes. A equipe está interessada em colaborar com potenciais parceiros do setor para desenvolver ainda mais a tecnologia, para a qual um pedido provisório de patente já foi arquivado.

Fonte: Phys.org

Sair da versão mobile