A Justiça do Maranhão decidiu pela Sentença de condenação dos três homens acusados pelo assassinato da senhora Maria Celeste Penha Ciqueira, de 46 anos, que foi brutalmente assassinada no dia 26 de julho de 2015, na porta de sua casa, na comunidade Japão, no bairro do Anjo da Guarda, eixo Itaqui-Bacanga, em São Luís.
No dia do crime, Maria Celeste juntamente com familiares comemoravam o aniversário de uma neta, quando ao sair na porta de casa foi surpreendida por três indivíduos, que desceram de um veículo Ford Fiesta, Vermelho, de placa OJV-9840 para realizar assalto. Na ocasião, os criminosos tomaram o aparelho celular da vítima, em seguida ela foi alvejada por um tiro que acertou a região do seu pescoço e atravessou as costas. Ela ainda chegou a caminhar até o terraço, onde morreu.
Os assaltantes fugiram no veículo levando apenas o celular de Maria Celeste.
Testemunhas – Ao sair na porta de casa, Maria Celeste foi acompanhada do enteado, Marcelo Silva Siqueira, da esposa dele e as filhas do casal. Ele ainda conseguiu correr para dentro de casa com uma das filhas, a mulher dele jogou dois celulares próximo ao veículo dos indivíduos e também conseguiu correr para em direção à residência, foi quando houve o disparo. O esposo da vítima, José Ribamar Everton contou que estava na cozinha bebendo água, quando ouviu o disparo e a correria em sua direção.
Prisão dos autores – Após ser notificada sobre a ocorrência, a Polícia Civil do Maranhão, por meio do 5° Distrito Policial do Anjo da Guarda (à época comandada pelo Delegado Dr. Walter Wanderley), deu início às investigações e de imediato conseguiu identificar os suspeitos. As prisões aconteceram após realização de incursões coordenadas pelo 5° DP, com apoio do Grupo de Serviço Avançado (GSA). A polícia conseguiu capturar primeiro um adolescente que tinha 14 anos, -atualmente com 20 anos -, no bairro Alto da Esperança. Em depoimento, este confessou que participou do latrocínio que vitimou Maria Celeste. Depois do crime, durante fuga ele chegou a ser baleado por policiais militares, após se embrenhar em uma região de mata. O segundo homem foi preso também no bairro Alto da Esperança, em uma residência. Identificado como Sérgio Roberto Fonseca, que tinha 18 anos, vulgo ‘Serginho’, foi reconhecido pelo enteado da vítima e por sua mulher, como sendo um dos integrantes que estavam dentro do carro. Já o terceiro, identificado como Joedson da Silva Barbosa, de 19 anos à época, conhecido pela alcunha de ‘Negão’, foi preso quatro dias depois em um bar no Alto da Esperança, onde estava escondido. Segundo as testemunhas que o reconheceram apontam ele como autor do disparo contra Maria Celeste. No local também foi encontrado um revólver calibre .38, com munições.
Condenação – Os assaltantes foram condenados há 28 anos de prisão pelos crimes de latrocínio (roubo seguido de morte) e homicídio qualificado, pois a vítima não esboçou qualquer reação e nem teve a oportunidade de defesa.
A vítima – Maria Celeste, era casada há 13 anos e evangélica. Ela congregava no Templo da Assembleia de Deus da Subsede da Área-19 há 10 anos, localizado na Rua João Castelo, também no Anjo da Guarda. Celeste, como era chamada carinhosamente, era muito querida pelos irmãos da igreja e participava ativamente de ações sociais.